Eu vou desde já e sem fazer mais floreados barrocos na minha expressão escrita, saber o que raio é que é eu fiz a Deus e à Câmara Municipal para deixar de poder entrar no meu prédio. Han? Existe por aí alguém que trabalhe na Câmara?! Se houver, que grite o seu nome e se atire pela janela mais próxima.
Mas porque é que eu agora tenho de brincar ao puzzle chinês com os Ecopontos sempre que eu entro em casa? Porque é que okuparam o meu prédio de vários tipos de caixote diferentes? Dantes era só um matacão verde do tamanho do Mundo que ficava a matar no patamar das escadas e que uma pessoa tinha de arrastar de um lado para o outro para conseguir sequer pensar em chegar ao interruptor de parede. Agora, ele convidou a família e tenho um papelão (azul) e um embalão (amarelo) a açambarcarem a escada. Entretanto, raptaram aqueles dois simpáticos gigantes que estavam no jardim do outro lado da passadeira, deixando só o vidrão, meio triste e abandonado. O que signiufica que agora tenho caixotes suficientes a empanturrarem o patamar que eu tenho de fazer crowdsurfing por cima de caixotes com tampas coloridas, por duas (ou mais) vezes ao dia.Isto para não falar que tenho vizinhos que são uns amores e que deitam o lixo, separado, é um facto, mas sem ter em atenção ao dia da semana em que ele é recolhido. O que significa que tenho lixo a marinar ininterruptamente em bolor nas escadas, desde Sábado até 2ª. Por isso é que eu tenho andado à procura daqueles Air Wick's que se vêm na televisão (daqueles com os animais falantes). É que pode ser que com o cheiro a elefente e a gorila suado, disfarçe o smell a ovo podre e leite coalhado que impregna as escadas.
E resta saber o que é que vem por aí! É que... se já vieram pôr dois membros do Ecoponto cá a casa, vem por aí o resto da família. Então, eu vou ter de me esquivar de torres periclitantes de caixotes do lixo, embalões, papelões, vidrões, pilhões, electrões, lampadões, oleões, rolhões, livrões e outras coisas acabadas em "ões" que eles virão a inventar daqui para o futuro.
Ah, e ao sair de casa ainda tropeço no caixote de resíduos orgânicos da churrasqueira ao pé da nossa casa.
E pronto...
Despeço-me e desejo uma longa vida aos vossos depósitos de gasolina para durem mais uns quinze dias.

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