domingo, 21 de fevereiro de 2010

As Manhãs de Elis Regina

Primeiro: Perdoem-me por não ter conseguido encontrar imagem menos foleira do que esta que é deprimente até à quinta casa. Prometo que não volta a acontecer.
Muito bem. A minha magnífica e maravilhosa vida de universitário com horário vespertino tem os seus quês. É bestial, porque agora posso acordar às onze e deitar-me às três. O mau é que o meu relógio biológico anda pelo fuso horário de Pernambuco. E isso, quando uma pessoa se tem de levantar às seis, é um miminho. Ui!
Foi o que aconteceu hoje. Escusado será dizer que não me levantei às seis. Quando acordei, esbaforido meia hora mais tarde, a pensar que eram duas da tarde, verifiquei que o meu despertador já tinha desistido de tocar e estava a pensar em pendurar-se pela ficha da mesinha de cabeceira.
É claro que a esta hora o meu cérebro estava a funcionar em modo de papa Cerelac. Que fazer quando tenho 30 minutinhos para sair de escantilhão de casa, pleno de saúde e vivacidade para enfrentar a conhecida tortura chinesa apelidada de: O Frigorífico? (Não vou dar detalhes, imaginem vocês a cena).
O que é que faço? Ligo a rádio a pensar: a estas horas devem estar a pôr música alegre e animada para animar as pessoas, do género Cosmic Girl do Jamiroquai. E o que é que raio é que estava a dar?... Hum? Sabem?
A Fascinação da Elis Regina, que é das minhas músicas preferidas, mas não será, em absoluto, o indicado para acordar. Será apropriado para ir a fazer fouettés en tournant e arabesques penchées por um campo de flores em direcção a uma cama. Mas não é de certeza para acordar... nem para fazer panados.
Agora estou com um olho inchado e uma contusão na face oposta dos murros que tive de dar a mim mesmo para não adormecer a meio caminho entre o poliban e a toalha.

1 comentário:

tigusto disse...

Hoje o frigorífico deu tréguas!
A Elis é mesmo "Fascinação" mas vale a pena ouvi-la sem outras pressões!
Aquele abraço!