domingo, 30 de novembro de 2008

Penhas Douradas City - Capital do Mundo

Porquê?!...
Eu acho imensa piada que nos Boletins Meteorológicos haja sempre uma referência a Penhas Douradas. Então... Penhas Douradas aparece nos Boletins Meteorológicos e não aparece a Figueira da Foz ou Guimarães ou Portimão? Mas o que é isto? Sagres e Sines ainda percebo, para os barcos não se espetarem contra uma rocha durante uma tempestade. Agora, Penhas Douradas? É para quê? Para as águias? Para os lobos saberem se vai estar fresquinho? Quem é que vive nas Penhas Douradas? Só se for o meteorologista mais um pastor perdido por ali... e a Rosa, aquela, da reportagem.
As Penhas Douradas são como que a secção de curiosidades, ou de insólito dos Boletins Meteorológicos. É como saber que a temperatura mais quente registada em Portugal é 47,4ºC na Amareleja e a mínima foi -16ºC nas Penhas da Saúde. É aquele género de coisa que só faz falta para as últimas perguntas do Quem Quer Ser Milionário.

Qual foi a temperatura máxima nas Penhas Douradas a 4 de Fevereiro de 1954?
A) -10ºC
B) -8ºC
C) -6ºC
D) -4ºC

Então, se não é para fazer uma secção de curiosidades, é para quê? Hã? Já agora, meter no Boletim Meteorológico coisas como: "Na Aldeia da Luz a humidade vai ser de 100% com ocorrência de algas lá para o fim da tarde." ou "Prevê-se forte precipitação de ovos sobre a cabeça da Ministra da Educação.". Se põem Penhas Douradas... Porque as pessoas já SABEM que em Penhas Douradas vai estar fresco... ou gelado... De tal maneira que a Carte D'Or já pensou fazer um gelado com sabor a Penhas Douradas.
"Ah! É bom para os turistas saberem." Que turistas? No Verão eu não vejo lá turistas nenhuns para além dos queijos da serra, que, maior parte, vão para lá para serem vendidos. Será que aquilo foi promovido a estância de férias dos esquimós? Não, pois não? Porque, para apanhar calor já têm eles a Islândia. Quando pensam na Economia da Islândia... Ui! Sobe-lhes a mostarda ao nariz e ficam capazes de explodir com um trenó...
Eu tenho de ir tomar um Valdispert, porque isto já me começa a irritar.

P.S.: A ver se este texto não vos faz lembrar a maneira de escrever de alguém.

sábado, 29 de novembro de 2008

Um Gravador na Cabeca 6: Requiem

Olá! Isto foi só para dar um ar esfuziante porque é apenas para contrastar com o Requiem. Pode ser? Tudo bem. Esta semana começamos com o vencedor de um Óscar. Depois temos duas músicas do mesmo filme, o Sister Act, que é daquele género de comédia, que, mesmo se ainda a tenhamos visto vá... aí umas quinze/vinte vezes (convém não ser todas de seguida, porque senão chateia) ainda nos faz rir (ou pelo menos sorrir). De seguida temos uma música de electrotango (não estou a gozar) escrita também por um vencedor de dois Óscares. A seguir vem a primeira repetição de uma canção, apenas porque estiveram a rever os "Gravadores" aqui em casa e depois estiveram a falar sobre a música. Depois temos a música de outro filme, desta ver realizado pelo mesmo tipo que faz o Moulin Rouge!. E finalmente, acabamos a semana com o Stevie Wonder a dar cartas.

Domingo – Beauty and the Beast – Beauty and the Beast


Segunda – My God – Sister Act


Terça – Oh Maria – Sister Act


Quarta – P’a Bailar – Bajofondo


Quinta – Another Way to Die – Jack White e Alicia Keys


Sexta – O Verona – Romeo + Juliet


Sábado – Superstition – Stevie Wonder


Fiquem por aí, meu bando de deprimidos.

Todos os Autocarros vão dar a Belém

A Carris vai lançar uma nova campanha de marketing que é: pôr os autocarros a cheirar a um perfume chamado Happy City. E este Happy City não é nada mais que uma maneira cara e barroca de chamar ao perfume: canela. Isto vai ser giro, porque, com todo aquele cheirinho a canela vão acontecer algumas coisas bastante engraçadas:
  1. Todas as pessoas que saírem de um autocarro irão ser confundidas com um bando de pastéis de Belém com pernas de tal maneira, que vão começar a distribuir nas paragens, redes de caçar borboletas e pacotes de açúcar em pó. Porque com a quantidade de Maizena que os pastéis de Belém levam, pode ser que, com um bocadinho de sangue, corte o saborzinho a pipoca.
  2. E qualquer pessoa que consiga escapar às garras dos canibais vai, de certeza mergulhar em direcção às pastelarias para depenar selvaticamente as montras e expositores, mesmo que tenha comido há alguns minutos. Isto é, se não for agarrado pelos donos das respectivas pastelarias e encafifado entre os palmiéres e as madalenas.
  3. Os autocarros, no 25 de Abril, vão passar a ser uma sequela barata da Gabriela, Cravo e Canela. Porquê? Porque vão passar a ter interiores cor de cravo, vão cheirar a canela, e vão ser usados por montes de pessoas... se as carreiras não fecharem durante o feriado.
Estavam à espera de mais? Fiquem-se pelo querer.

Tragédia Grega

Não, não vou falar no jogo, porque senão tinha arranjado um trocadilho bem melhor. Eu sei que já devia ter publicado isto há milénios atrás mas eu acho que o que tem que ser dito, mais vale tarde que nunca. O Santana Lopes está em problemas pois encontrou um adversário à altura. E estou eu a falar de quem? Do Vítor Constâncio.
O Vitinho quer roubar o posto de Calimero oficial do Santana Lopes e não se incomoda em usar todos os golpes baixos disponíveis. Vou passar-vos trechos da entrevista em que assumiu essa vontade de lá chegar. Cá vão eles:

"O Banco de Portugal tem sido alvo de calúnias."
"Estou a ser alvo de uma perseguição profissional."
"Temos sido alvo de acusações caluniosas e totalmente injustas" (Um pouco repetitivo, mas tudo bem)
"Não descobrir operações ocultas não significa que tenha existido falha na supervisão." (Devem ter estado a procurar no outro lado)
"É bom que os portugueses continuem a confiar no Banco de Portugal, onde nunca houve suspeitas de corrupção ou de fraude" (E ai de vocês que se ponham com ideias!)
"Nenhum banco foi tão seguido de perto pelo supervisor como o BPN, ao longo dos últimos anos, com inspecções periódicas e critérios mais exigentes." (Nota-se. Estavam de tal maneira interessados no BPN que o Millenium fez de tudo)
"O BPN foi o único banco a que o Banco de Portugal impôs rácios de capital de 9%, em 2000, quando o mínimo legal era 8%." (Sim, senhor, uma atitude correcta e ULTRA SEVERA do Banco de Portugal.)
E, a frase à qual eu queria chegar:
"Em muitos países tem havido fraudes muito maiores do que esta e em nenhum desses países se têm feito processos de linchamento do supervisor." (Portanto, estamos a descontar o escândalo da Enron, mas tudo bem.)

Até as paredes choram! Meu Deus! Que maus somos para o ladr... o governador do Banco de Portugal! Eu quero deixar aqui um pedido de fazermos um abaixo-assinado em como fomos uns "imbecis insensíveis sem qualquer tipo de apreço pelo esforço e pelo afinco com o qual ele nos suga o dinheirinho que nós tínhamos guardado" e que: "não passamos de um bando de primatas acéfalos e desagradecidos que conspurca os sapatos dele" e, finalmente, que: "Pedimo-vos que tenha compaixão e piedade de nós, pobres pecadores, que não sabemos aquilo que fazemos pois somos demasiado ignorantes para chegar a esse ponto." Pode ser? OK. Deixem um comentáriozinho aqui em baixo com o vosso nome que eu invento uma assinatura para vocês aqui deste lado e entrego.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Humor em Ecrã Panorâmico

Ou é impressão minha, ou o que eu estou aqui a fazer vai ser o meu post mais famoso e também o mais fraquinho (vejam o Sleepless in Trieste para verem do que sou realmente capaz). E isto porquê? Porque eu vou falar dos programas de humor.
Comecemos pela SIC, não é por mais nada, mas para servir como ponto de comparação aos outros dois. E na SIC temos nem mais nem menos que os lendários (ou não...) Gato Fedorento. Eu sei, que entre a RTP e a SIC há diferenças. Também sei que não podiam fazer um papel e químico do Diz que É uma Espécie de Magazine mas pronto. O que é que está melhor? O genérico! De resto... perdeu qualquer coisa, para além do bigode do Zé Diogo Quintela que foi uma piada que se esgotou muito rapidamente. Sim, temos sketches com piada: o "Carjaquim" ou o "Gato Fedorento Salva o Universo" com o Cavaco Silva e provavelmente uma piada subtil mas muito bem apanhada da acumulação de "vocês" desncessários na "Lista de Factos", mas de resto, não traz assim nada de muito novo. O Tumba! é a sequela dos Tesourinhos Deprimentes e as músicas são cantadas pelos próprios Gato Fedorento. Não que eu tenha alguma coisa contra, sempre nos poupa ter de ouvir a "elite" de "cantores" (estou a usar ironia) portugueses. Mas o que é facto é que no fim de isto tudo, acaba por ficar com um ar um pouco mais desmazelado do que aquele ponto em branco que era o Diz que É uma Espécie de Magazine. Em que é que redundámos? Num clone! Mais uma vez, sabemos que é a SIC de quem nós estamos a falar. Essa mesmo que inventou o Jura e o Vingança (o Alexandre Dumas andaria sem dúvida a fazer aeróbica no túmulo) e que pôs no ar o concurso que conseguiu provar que há dois milhões de porteiras em Portugal que é O Momento da Verdade. Mas parece que, desde que o Gato Fedorento foi para a SIC houve uma certa flutuação no seu QI. Só que para pior.
Falando em flutuações de QI temos talvez o mais frustrante show de televisão alguma vez montado que se dá pelo nome de Os Contemporâneos. Como é que é possível que os sketches passem de profundamente estúpidos (Metade dos sketches do Chato, e o Homem que Conta Demasiados Pormenores sobre a sua Vida nos Correios, desculpem lá) a paródias inteligentes inclusive de eles mesmos (todo o sketch com o Luís Franco Bastos e a situação do médico a encontrar obstáculos cada vez mais absurdos entre a Sala de Desinfecções e a Sala de Cirurgia). O que lhes acontece é o facto de serem filmados como o último filme do Manuel de Oliveira e as piadas perdem-se no tempo entre uma piada e a outra, porque as pessoas ficam a encher chouriços pelo meio. Precisam de piadas mais rápidas! E já agora, eu acho que o Bruno Nogueira fica melhor a fazer papéis de arrogante do que papéis de estúpido, sobretudo porque não há nada que ele não saiba do manual de "1001 Maneiras de Irritar Pessoas" e sempre nos faz sentir melhor a irritar-nos com A Vedeta dos sketches de "atrás das câmaras" do que a irritar-nos com o desgraçado do HqCDPsasV, que no fundo é mais um deficiente mental anti-social, só que menos exagerado que o Chato! Provavelmente, haveria combinações interessantes a fazer com os bonecos que inventaram, como juntar o Chato com o HqCDPsasV. Ou era a explosão ou ficavam amigos para sempre (depende se querem levar mais para o cómico ou mais para o comovente).
Mas é claro. Depois temos as antípodas d'Os Contemporâneos que é o Caia Quem Caia. Se Os Contemporâneos são os alentejanos do humor, estes tipos são histéricos! São um bando de humoristas sob o efeito de speed e de óculos de sol estilosos. Depois de um episódio de CQC uma pessoa só tem vontade de beber um chá de tília e ir para a cama com um paninho quente na cabeça. As explosões visuais, sonoras são de tal maneira frequentes que se tornam cansativas, repetitivas e obsessivas. Da primeira vez que eu vi um programa de CQC eu pensei que tinha tomado qualquer coisa com LSD's. Ao contrário de Zé Carlos ou Os Contemporâneos, estes três têm um budget quase insultuoso que se derrete em efeitos especiais ou em deslocações ao estrangeiro. E, ironia das ironias, convidaram para o CQTeste o Quimbé que é apresentador de outro programa chamado Quando o Telefone Toca que também utiliza os mesmos efeitos. Mas esse programa é para manter acordadas todas as pessoas que estejam a pé às três da manhã. O CQC é passado no horário NOBRE! Sinceramente, não estava à espera de menos vindo de alguém como o José Pedro Vasconcelos que deve ter o sorriso mais irritante do MUNDO INTEIRO! Depois de uma sessão de animação cartunesca, só me apetece amarrá-los, amordaçá-los e atirá-los para as profundezas do buraco aberto na Avenida da República. Não fosse o ocasional humor espertalhão com que nos brindam, eu desligaria a corrente lá de casa enquanto o estivessem a dar. E porquê? Porque o CQC é a personificação do programa de humor de tal maneira estúpido que tudo o resto se perde no barulho de tentar parecer diferente, quando não o são. Eh pá, tomem uns Xanax e depois voltem cá para ver de que fibra é que vocês são realmente feitos.
E pronto. É isto. Lamento não ter sido melhor. Agora que já arruinei todas as minhas hipóteses de vir a pertencer às Produções Fictícias, tenho de me despedir. A ver se isto melhora um bocadinho, porque com a crise a arrombar a porta do hall, temos de nos manter alegres.

P.S.: Ainda não vi o Um Mundo Catita. Mas quando vir eu faço um post especial só para continuar a crítica.

P.P.S.: Também não sou eu quem vai salvar o humor em Portugal. Sou fraquinho. E também só um terço... vá, 28% das pessoas percebe as minhas piadas. E o que é mais chato é que não são sempre os mesmos 28%.

Telejornal Redux

Eu estou aquilo a que os ingleses chamam de "mesmerized" com o Jornal Nacional 6 que passa na TVI. Eu nunca me tinha dado conta que o Jornal Nacional 6 era uma espécie de Edição de Coleccionador dos Jornais Nacionais, nem sequer me tinha apercebido o porquê de se chamar 6. Foi então que as peças do puzzle se agruparam na minha cabeça quando me apercebi que dava às sextas! Porque a mim aquilo parecia sempre uma espécie de nome de videojogo. Do género, Mega Mutilation Parte 3, Disemboweler IV, Jornal Nacional 6. Estão a ver a ideia?
Mas o que é facto que o tempo de qualidade com que eu me banqueteio é apresentado pela mítica Manuela Moura Guedes que tem dos penteados mais fantásticos presentes na televisão. Faz-nos pensar numa Rosa Klebb mais nova... e com extensões. Para não falar na boca que primeiro tem lábios que já são utilizados por escuteiros para fazer jogos de orientação e depois, quando se abre demasiado sinto que o Mundo inteiro poderia rebolar por ali abaixo sem qualquer problema. No entanto, não consegui desviar a minha atenção dos olhos dela. Fico sempre na dúvida se ela acabou de fumar coisas estranhas, se nos está a tentar hipnotizar ou apenas está encandeada com as luzes. De certa forma, faz-me lembrar esta expressão:
Bonito não é. Ora, pois então. Isto, seguido de um Paulo Portas que tinha a MANIA de levantar as sobrancelhas enquanto falava, de TAL MANEIRA que parecia que ele tinha uma pauta musical na testa. Cada vez que eu olhava para ele, só tinha vontade de desenhar lá uma clave de sol seguida pelo início da música da Abelha Maia. Segue-se conversa de QI elevado interpolada por clips da entrevista que a RTP fez ao Vítor Constâncio, como se já não bastasse aquela dupla do terror.
E depois há sempre aquela sensação de thriller de conspiração mundial antiga e poeirenta de série B pontuada com algumas cenas de acção que só apetece ver lá enfiado, em vez do Vasco Pulido Valente que tem ar de quem está a fazer um esforço insano para conservar a sua sanidade mental, o Robert Langdon. Pois, aquele que é perseguido por monges albinos e árabes fundamentalistas, mas que não é nada mais que o Tom Hanks com gel e ar de Forrest Gump emproado. Mas isso sou só eu.
Fiquem por aí... a rebentar os olhos contra este magnífico laranja. Fiquem.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Humilhem o Morto!

De entre todas as pessoas no Mundo, que já bateram a bota, que ainda são alvo de chacota, quem leva o prémio de mais gozado será sem dúvida o Francisco Sá Carneiro que ultrapassou pessoas como Napoleão, Júlio César, Hitler e a Manuela Ferreira Leite. Mas o Sá Carneiro bate-lhes a palma a todos!
Se não acham que assim é, vejamos: Começa logo na maior coisa construída em honra dele o Aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto! Mas nós estamos a falar daquele mesmo Sá Carneiro que se despenhou em Camarate de avião?... Estamos pois! Ninguém no seu perfeito juízo chamaria a um aeroporto, Francisco Sá Carneiro. Primeiro, porque dá uma segurança bem grande aos seus utentes. Eu pegava nas minhas malas e iria a pé para Varadero se me dissessem: "O Aeroporto Francisco Sá Carneiro deseja-lhe uma boa viagem!". E depois porque fica mal. Era como fazer: Facas de Cozinha Júlio César ou Agência de Viagens Napoleão (especializada em resorts em ilhas). Bem sei que isto, sendo no Porto, podia dar-se o caso de ser mais uma outra disputa entre Norte e Sul, e os tripeiros estivessem a gozar com a cara dos mouros, mas o Sá Carneiro nasceu no Porto... Mas este é um grande aeroporto. Está considerado o MELHOR de todos os aeroportos do Noroeste Peninsular. Está à frente dos grandes aeroportos de Vigo, de La Coruña e aquela grande escala internacional que é o Aeroporto de Santiago de Compostela. Ui! Quando os compostelanos ouvirem isto, vão ficar a roer-se de inveja. Ou então os de Bragança (que até já têm um vôo para Paris... de, a ver vamos, ano a ano).
Depois temos aquele magnífico... bibelot que está colocado ao meio da praça do Areeiro que exibe a cabeça do dito Sá Carneiro, como a cabeça de um veado empalhado numa parede, que fica bonito e poético, num monumento à sua própria pessoa. Eu só me lembro de outra pessoa a quem quiseram fazer isto (com as pessoas com bandeiras a festejar e tudo), que foi o Benito Mussolini. Pois, porque depois de ter proferido as suas famosas últimas palavras enquanto apontava para o peito ("Atirem aqui! Não destruam o meu perfil!" Não estou a gozar...), foi alvejado conforme pedido e preso por um pé do topo de uma bomba de gasolina em Milão onde lá ficou até alguém ter tido o bom senso de tirar de lá o mono. Que de facto também era o que teriam feito de melhor no Areeiro pois aquele mamarracho, apesar de não deitar cheiro a podre (e daí...), fica feio. A cereja no topo do bolo é o facto do PCP ir fazer o congresso dentro de dias e ter rodeado a estátua de bandeiras do Partido. E estar numa praça de arquitectura hiper-fascista. Estiveram para montar ali também um ringue de wrestling, só para manter o espírito.
Oh, pá. Façam uma coisa decente se o querem homenagear. Parece que se estão a rir dele. OK? OK.
Adeus, minhas garrafas de Ice Tea meio cheias. Fiquem bem (dentro do género).

Um Americano em Bombaim

E mais nada...

P.S.: Não sei se notaram, mas o hotel atacado chamava-se Taj Mahal
_És americano?
_Sim sou.
_Olha, Taj Mahal...
Eu sei, uma tentativa parva de pôr a piada do Taj Mahal, mas pronto...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Para Meditar...

Uma pergunta. Estão a pensar em nacionalizar o BPP. Nacionalizar uma coisa, e torná-la parte do Estado... Se uma coisa passa a pertencer ao Estado, então, isso quer dizer que deixa de ser privada para ser pública. E BPP quer dizer: Banco Privado Português, certo? Então, depois da nacionalização, como é que o BPP se vai passar a chamar? BNTPCITMQAANDDSP - Banco Não Tão Privado Como Isso Tudo Mas Que Ainda Assim Não Deixa De Ser Português?

Matemática Aplicada às Habitações Sociais

_S'tôra! A mim está a dar x igual a ¾.
_Ai não, a mim está a dar x igual a um T5 duplex com garagem.

Resposta ao problema colocado no post anterior: Eu sei que é difícil. Eu também só vejo uma diferença: um ganhou 3 Óscares, o outro nem por isso.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A Cair do Céu aos Trambolhões

Marcelo Rebelo de Sousa disse, há uns tempos atrás, que não se candidataria à presidência do PSD nem que Cristo descesse à Terra. E não é que ele agora diz que se vai candidatar!
Mas o que é isto? Cristo desceu mesmo à Terra? Então, se desceu, deve estar a jogar no Leixões, porque, à parte disso, eu não vejo nada a melhorar neste mundo.
Mas ele explica. "Cristo não desce, por minha vontade, até 2009." Mais uma razão para Ele estar a jogar num clube de futebol. De momento deve estar lesionado e só irá ser convocado em 2009. Ou então é o Marcelo que tem uns grandes contactos lá em cima.

Cristo: Olha, Eu estou a pensar passar aí em baixo uns quantos meses. Tanto anjinho com harpa e tanta nuvem está a aborrecer-Me.
Marcelo: Ai é? Então tenho de me preparar. Coisas minhas...
Cristo: O que é que achas se Eu aparecer por aí pelo 1 de Dezembro. Sempre posso ir para o Rossio e começar a gozar convosco.
Marcelo: Não vale a pena, está muito frio. Vem cá por volta da Páscoa, já começa a vir aí o calor, e eu tenho uma barraca na Costa da Caparica que é um mimo...
Cristo: Ah, OK, pode ser...

Eu percebo o porquê de ele se candidatar. Pois, se se vai escolher entre a Manuela e o Marcelo, e se é para dizer baboseiras, ao menos que se ponha alguém que as diga com um ar absolutamente confiante e crente nas suas próprias palavras à frente do partido. E também não se notaria muito a diferença. Até parecia que a Manuela tinha ido ao barbeiro aparar o cabelo... e a barba.
Também disse: "Não é provável que desça, seria uma grande surpresa para mim e um mau sinal para o partido." Uma salva de palmas, finalmente ele disse qualquer coisa com sentido! De facto seria um mau sinal se ele voltasse ao partido. Sobretudo porque seria ele à frente do PSD. Mas depois lá tinha de vir ele estragar a frase. Então, o Marcelo diz que seria uma grande surpresa para ele. Então, se ele tomar uma decisão é uma surpresa para ELE? "Ah! Decidi fazer almôndegas para o jantar! Que surpresa! Nunca me imaginei capaz de fazer tal coisa... Isto realmente...". Eu acho que isto é mais uma missão kamikaze. Assim, espetar com o PSD inteiro pela cara do Sócrates adentro e explodir com o Parlamento inteiro. Sobretudo com aquelas sobrancelhas arqueadas e os olhinhos claros, fica com um ar alucinado cada vez que sorri. Daquele género de pessoas que é capaz de pegar num machado e começar a trucidar as pessoas no estúdio. Pelo menos fazia um belo de um fogo de artifício.
Fiquem por aqui a descobrir as 7 diferenças e no próximo post eu publico as respostas.

Teoria da Estagnação

Hoje é 24 de Novembro e foi há 149 anos que surgiu o livro: A Origem das Espécies de Charlaes Darwin em que afirmava, entre outras coisas, que os humanos descendiam directamente dos macacos. Desculpa, Sarah Palin, mas eu acho que esta teoria é espectacular, pois de facto existem pessoas que física e intelectualmente, fazem lembrar o King Louie (de momento lembro-me do Cristiano Ronaldo... um pouco carequinha, mas anda dentro do género). Ironia do destino... O Luís Represas faz hoje anos... conseguem ver aqui um padrão a delinear-se? Sobretudo na parte das músicas... Hmmm...

domingo, 23 de novembro de 2008

Black Label

Bom. Eis-nos perante o maior e PENúltimo livro da trilo...ciclo da Herança por Cristopher Paolini. É o livro que, entre todos, tem a capa mais estilosa da série por ser preta e dourada (o próximo vai ser verde, podem gemer). Dá um certo ar de Armani que os outros não tinham. Também é o primeiro livro da série em que uma pessoa faz um nó de oito com a língua enquanto tenta dizer o título. Eragon e Eldest é demasiado fácil. Tenho a sensação que o Paolini deve ter-se esmifrado para tentar arranjar um nome complicado para fazer os fãs suarem para pronunciar o título do livro. A seguir a isto, só pôr um livro com o nome da aldeia galesa de Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch. Há já pessoas que se referm a este livro como Aquele-Livro-Cujo-Nome-Não-Consegue-Ser-Pronunciado. Eu digo Livro 3, que é mais fácil e não tenho de estar com tantos salamaleques.
Também este livro é uma óptima ajuda para ter em casa. Precisa de passar a ferro roupa e não tem um ferro de engomar? Agarre no seu Brisingr de 900 páginas, ponha-o a aquecer por cima de algo quente (e que não seja húmido) e use-o para passar a ferro a sua roupa. Porque, parecendo que não, são mais de 500g de livro que leva aí consigo.
O Paolini disse que gostava de livros grandes, mas quando eles excedem as 1000 páginas, já começa a ser demais. PUDERA! Ele faz uma descrição de 18 páginas em que o Eragon forja uma espada. Ele está à espera de quê? Que seja um livro da grossura da Cartilha Maternal? Vão gozar com outro. Nós sabemos que ele gosta de fazer rococós com a escrita, mas não é um pouco DEMAIS? Já está melhor escrito que os outros dois (mas isso também é graças aos tradutores). No livro anterior tínhamos gralhas parecidas com: "Não esconderam que já tinham assinado homens.".
Quanto à história... Já devem ter ouvido falar no Star Wars. Imaginem um Star Wars em que o Millenium Falcon é um dragão com personalidade (que passa de ternurenta para máquina sanguinária com uma rapidez quase insultuosa). Este é o equivalente à primeira parte do Regresso de Jedi até, sensivelmente, à parte em que o Yoda morre. Já existe uma liberdade em termos de história que o primeiro não tinha, o que é bom pois estamos sempre à espera que aconteça qualquer coisa de original (e acontece: a reunião de clãs). E também é bom por finalmente vermos daquilo que Paolini é capaz. Também vem misturado pela primeira vez algum humor:
Cena entre Eragon e Saphira que estão a caminho de Feinster.
"_Muito bem _disse ele, passado alguns instantes. _Qual é coisa, qual é ela, vermelha, azul, amarela e de todas as cores do arco-íris. Longa e curta, grossa e fina, que descansa enroscada, que pode comer cem ovelhas e continuar esfomeada.
_Um dragão, claro! _disse ela sem hesitar.
_Não! Um tapete de lã.
_Bah!"
Não é qualquer coisa de espectacular, mas sempre serve para erguer alguns cantos de boca.
Finalmente, o Roran, a personagem que tinha tido a parte mais interessante do segundo livro vê-se a braços com o trabalho de encher os chouriços do terceiro livro.
Só estou com pena do facto de, de certa forma, o livro às vezes dar aquela sensação de video-jogo, em que temos os bosses e os níveis de dificuldade (sobretudo quando aparece Varaugh, quem ler depois percebe). Por outro lado também é sem dúvida o mais cinematográfico de todos os livros. A cena do ataque a Feinster em paralelo com o que se passa em Gil'ead é dos exemplos mais óbvios.
A minha nota final? 7

sábado, 22 de novembro de 2008

Um Gravador na Cabeça 5 - O Si Bemol Contra-Ataca

Olá. Mais uma vez é altura de vos aborrecer com as músicas pelas quais a minha cabeça passou esta semana. Eu terei de recorrer à violência se me disserem o que é que acharam, portanto, não digam nada. Só uma nota. A versão do Turkey in the Straw não é bem aquela que eu queria, mas está bem.

Domingo – God Help the Outcasts – The Hunchback of Notre Dame


Segunda – Your Song – Moulin Rouge!


Terça – Turkey in the Straw – George Washington Dixon


Quarta – Happy Ending - Mika


Quinta – One Day I’ll Fly Away – Moulin Rouge!


Sexta – Diamonds Are Forever – Shirley Bassey


Sábado – Battle on the Tower – Beauty and the Beast


Adeus meus rodízios.

Milagres da Natureza

A pele realmente é uma coisa verdadeiramente espectacular de elasticidade. Pois se, a pele tivesse as mesmas propriedades que a borracha, cada vez que a Lili Caneças sorrisse levantava um braço e levava o outro joelho ao peito. Com o esticadinha que a pele dela está, até me admiro como é que ela consegue virar a cabeça sem metade do braço se encolher para dentro do corpo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Extrema Direita ao Domicílio

Então não é que uma lista de 13500 mebros do BNP, o PNR em versão inglesa, é publicada na Internet, para quem quer que quisesse ler. Lá tinha o nome, a profissão, os contactos, o e-mail, as moradas e inclusive passatempos preferidos de membros do BNP, ex-membros, simpatizantes e alguns familiares. Sobretudo na parte dos passatempos temos de tudo: desde "atropelar paquistaneses" a "gasear jamaicanos" passando por "atirar dardos à fotografia do Mandela" e "combinar estilos de roupa na Barbie". Entre os nomes, estão contactos na Irlanda do Norte, na Austrália e nos EUA, mas por alguma razão não se vêem nenhuns inscritos no Quénia ou em Angola.
Nick Griffin, o líder do BNP diz que esta divulgação de dados é "malévola e desprezível" enquanto jogava ao "enforcado" com um grupo de homossexuais (mas sem ser no papel). Também diz que irão descobrir o divulgador e que o irão enviar para um compo de concentração escondido nas Shetland e será obrigado a ouvir os Coldplay até ao fim dos seus dias. Vai doer, mas tenho a certeza que acabarão por ter piedade dessa pobre pessoa.
Finalmente o líder, ajeitando a sua peruca, também diz que este incidente poderá servir para provar que nem todos os membros são skinheads. Que sorte, han? E eu a pensar que sofriam todos de cancro. Ufa!
O mais giro de tudo é que quem poderá vir a ser processado é o BNP por invasão à privacidade dos seus próprios membros. Enfim... não se pode ter tudo...

Gelatina Royal com sabor a Terra

Faltam 4 minutos e eu vou já meter-me debaixo da mesa, para não ter que levar com coisas em cima (do género: estuque, um abat-jour e similares). É verdade, um tremor de terra de 6,9 na escala de Richter dentro de 3 minutos. Não estou a gozar, ponham-se por debaixo das portas.
Até já, se sobreviverem. Se até lá, nenhum de nós levar com uma viga mestra no cocuruto, vou ter de continuar a arreliar-vos até ao fim dos tempos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sleepless in Trieste

Antes de começarem a ler isto, por favor, ponham esta música a tocar. É simples, carreguem nesse botão com um triângulo e que diz PLAY.

Já está? Óptimo. Agora continuem a ler.
Eu disse CONTINUEM A LER!
OK.
Estamos na mítica Trieste, com os barquinhos e o mar Adriático, sob um sol dourado de fim de tarde. Um ambiente romântico, os passarinhos a voar... e as surpresas de um encontro a dois, sob os olhares dos jornalistas de, pelo menos dois países.
Estamos a falar de Angela Merkel e de Sílvio Berlusconi. Palmas para eles... Pronto, já chega...
Então não é que o nosso Sílvio decide fazer uma surpresa a Angela? Os dois iam encontrar-se numa cimeira Italo-alemã e, o nosso Romeu... aaah... Sílvio, decide fazer uma surpresa à chanceler alemã. Angela Merkel.
Angela Merkel tem tido uns dias difíceis. Ao que parece, com tantos produtores a chagerem-lhe o juízo por toda a Alemanha e com a Crise mundial, já arrancou à dentada as cabeças de quatro conselheiros, empalhando-as e emoldurando-as em seguida, na parede do seu gabinete; trucidou, com o seu machado de guerra, mais uns quantos membros do Bundestag (um nome espectacular, para os portugueses); já come as suas salsichas de Frankfurt sem sequer as retirar da lata; e já só consegue adormecer depois de fazer uma sessão de levantamento de penhascos, no seu apartamento em Valhalla, enquanto ouve uma parte aleatória do Anel dos Nibelungos do Wagner (tem uma preferência especial pela Götterdammerung).
O nosso Sílvio, em contrapartida tem andado muito stressless, mas mal soube que a Angela fazia os talheres do pequeno almoço à mão a partir de pedaços de metal em bruto, decidiu que era altura de lhe dar uma prenda. Uma surpresa para aliviar a tensão. Então, Sílvio teve uma bela ideia. Jogar às escondidas na praça do palácio de Trieste. Pois não! Ele afastou-se do comité de recepção e escondeu-se por detrás e uma coluna, para depois aparecer e dizer "cucu" à chanceler alemã. Que bonito!
E qual a reacção dela? Escavacar-lhe o crânio com o membro da assistência mais próximo? Não. Ela lança-se nos braços de Sílvio enquanto diz: "Oh, Silvio!". Que bonito! Sim senhor. Isto é o que se chama estar em contacto com a sua criança interior. De qualquer das maneiras, ninguém referiu o facto do Berlusconi ter levado o seu Action Man preferido, e o Doutor X com a fotografia do Prodi à frente da cara.
A sessão foi interrompida por várias vezes pelo facto de Angela e Sílvio não conseguirem passar sem jogar ao Ludo e à macaca. Afinal há que ocupar o tempo com coisas mais interessantes, e não é tão frequente encontrarem-se como isso tudo.
De qualquer das maneiras, no tempo em que estão juntos, andam de baloiço com o límpido mar Adriático pela frente. Angela organizou um jantar romântico à luz das tochas com um coro de valquírias a animar o serão. Ao que parece, a boda está para breve, mas nenhum deles se consegue decidir onde é que vai ser. Berlusconi quer fazer a cerimónia em Trinitá dei Monti, seguida de uma parada pela Via dei Fori Imperiali em direcção à costa do Tirreno. Angela, por sua vez, quer fazer uma cerimónia discreta em Neuschwanstein, com um copo de água no salão dos deuses, que o Odin já pôs à disposição para o que desse e viesse.
Quem não recebeu a notícia com alegria foi Nicholas Sarkozy, que acreditou piamente até esta conferência que ainda iria conseguir roubar o coração da amazon... da chanceler. Pelo ar com que ele agora aparece nas fotografias, não parece lá muito contente.
Só me resta desejar um resto de vida feliz, e que não se ponham a atirar machados um ao outro se as coisas derem para o torto. Pode ser? OK.
Eu volto quando começarem a chover bonecos de neve.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Post grátis!

Ena pá! Podem falar de ímanes e ferro. Podem falar de moscas e mel. Podem falar de bancos e corrupção. Ninguém bate os portugueses quanto a termos de atracção. E os portugueses sentem-se atraídos por... ora aí está... coisas grátis! "É grátis?! Então levo!" "É de graça? Pode ser." "Ah, mas isso não se paga?" "Claro que não." "Então dê-me 23!" É uma coisa impressionante. Tal como diz o Ricardo Araújo Pereira: "Sodomia. Jamais! Nunca! Sodomia grátis! Ah! Vou já experimentar!". Não há filas que se comparem às que se formam à frente de distribuições grátis.
Por exemplo, há uns tempos atrás, eu passei pela estação do Areeiro e vi lá uma fila descomunal de pessoas. Era o quê? Eram uns tipos de Vodafone a distribuir castanhas assadas de graça. Parecia que as castanhas tinham entrado em extinção! Desde crianças a velhotes, de arrumadores de carros a senhoras com um ar muito chique. Todos na fila das castanhas para as engolir como se não houvesse amanhã. Hoje, passo por lá, e vejo um velhote esmifrado, a usar um assador que já deve ter assado tanta castanha que, no dia em que lhe falte matéria prima, pode vender o assador aos bocados em papel de jornal que tem o mesmo sabor característico das castanhas. E quanto a clientela? Vê-la por um canudo...
Só para ver onde é que isto chega, há pessoas que chegam a passar cinco e seis vezes por uma rapariga só para ficar com as amostras de perfume que ela está a distribuir. Preferem embrulhar naquele papel de embrulho de extremo bom gosto e nada ostensivo do El Corte Inglés a ter que pagar 30 cêntimos por um papel bonito para se embrulhar uma prenda no Natal. Pois, porque sabe-se lá o que é que se pode fazer com 30 cêntimos. Pode-se tomar meia bica! E u aposto que, com estes precedentes todos, metade das pessoas que vão para a sopa dos pobres, estão lá só para não ter de pagar nada.
O tio Patinhas era luso descendente, só pode ser! Esqueçam a ideia dos escoceses. Já está muito fora da moda. Agora o tio Patinhas comprou uma casa na Quinta da Fonte e uma penthouse no Estoril. Pois... porque quem olha por cima dos óculos para não gastar as lentes é um português. E dos bons! Até se poupam em palavras ("bazar" é muito mais baratucho que "sair daqui" e têm de ir ver ao dicionário para descobrir o significado daquela palavra com um som estranho: "dar".
Talvez seja só sono, mas ver coisas destas irrita-me.

Bilhetes de Milímetro

Olá gentis-damas e gentis-senhores. Eu hoje venho falar de uma coisa que me dá frenicoques. E ela é: os bilhetes do Metro. Lembram-se daquela campanha a dizer que iam acabar com o gasto de papel? Sim, por se fazerem muitos cartões para as pessoas passarem no metro. Ora, exactamente. Isto de ser verde, desde que o Al Gore apresentou aquele documentário, está na berra (o Sporting é que... coitadinho... não lhe dão abébia nenhuma). E tem muito que se lhe diga.
  • Primeiro porque Gore é sinónimo de sangue a esguichar, carne a ser arrancada, orgãos a serem retirados dos seus lugares e outras coisas vermelhas e palpitantes. E isto deu em verde. Mas está tudo daltónico? Pelos vistos, sim.
  • E depois porque agora isto parecem os anos 70, só que com menos hippies e com pior música portuguesa (Se é que isso é possível, atendendo ao facto que já havia o Jorge "Pelma" e foi em 78 que começaram os Xutos p'á Veia).
Mas voltando ao assunto dos bilhetes. Então não é que estas almas verdes (como o novo cartão) lembram-se de substituir os bilhetes por passes de cartão que têm menos esperança de vida que um kilo de margarina Vaqueiro na superfície do Sol. Assim evita-se de se ter de gastar tanto dinheiro em papel: Espertos. Mas... então, o que raio é isto:


HAN? O que é isto? Eu quando primeiro vi uma destas coisinhas, eu pensei que fosse como um Ovo Kinder, que recebêssemos o ovo e depois verificássemos que existe lá dentro uma figurinha de pástico com um tamanho óptimo para uma criança engolir e morrer "com uma obstrução na traqueia" (mas desta vez não é com uma rodela de chouriço). Então... ou eu enganei-me no Mundo, ou então isto é mais uma folhinha de papel utilizada desnecessáriamente. E com quase o tamanho de um cartão dos antigos. Isto é que é ser verde. O pior é que as pessoas ainda não repararam que este papel é para SE LEVAR! Pois, porque podem muito bem dizer que o cartão não carregou. E no fim, para onde é que vão estes papelinhos? Para o lixo! Como o quê? Como os antigos bilhetes!... Ups!
A cereja no topo do bolo é o facto da máquina ainda se virar para nós e perguntar, com aquela cara azul que ela tem, se ainda queremos recibo. SIIIM! PORQUE NÃO?! Então nós, que somos todos verdes! 'Bora gastar AINDA MAIS PAPEL! E se a máquina pudesse, ainda ia lançar confetti por cima de quem quer que as utilizava. Que ecológicos que eles são! São ainda mais verdes que os agriões! Até dá gosto proteger o ambiente assim.
Eu acho que os dirigentes do Metro devem ter tido uma sessão de Alzheimer colectiva enquanto estavam a pensar em como haveriam de o fazer. Ou era isso, ou era delirium tremens derivado à convivência com aquele senhor chamado William Lawson.
Isto tem um nome. É "gente parva"! Pois, em vez de gastar papel num bilhete, gastam em TRÊS! Mas o nível de QI está assim tão baixo para os lados do Metro? Já sabíamos que não andava lá muito famosa, com a qualidade daqueles programas que põem no canal de TV do Metro, mas mesmo assim...
A não ser que eles queiram saber de outro tipo de verde. Daquele tipo de verde que tem o sinal € a seguir. Não sei se estão a entender. Agora, vou publicar isto na Internet e enviar o mesmo numa cartinha ao director e aos quatro vogais, para ver se da próxima vez que eu for ao Metro, têm coragem de me atiçar uma escada rolante.
Se não nos virmos durante o tempo que vai faltar para eu escrever aqui mais um pouco, até ao próximo post.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Teoria da Probabilidade segundo a TVI

Já repararam que, se uma pessoa entra numa telenovela, vê a probabilidade de ganhar ao Euromilhões aumentada em um milhão de vezes? É verdade! A única chatice que tem é que depois só tem de a disputar com as outras 75 personagens o prémio (as crianças incluídas, mesmo aquelas que têm 6 anos). Também fica com a probabilidade de ter um resto de vida feliz com muitos netinhos à mistura próxima dos 99,9%. A não ser que se seja um vilão. Aí a probabilidade de morrer num acidente deveras espalhafatoso é muito elevada (já vi três, em duas novelas, a morrerem por cair de um penhasco dentro de um carro desgovernado e ainda vi uma a saltar para dentro de umas cataratas.). Senão tem um resto de vida muito infeliz a pular de raiva em cima de uma cama da sua cela na prisão, a estragar as molas da dita e sem netinhos, pois toda a família os despreza. E também há aquela tendência irritante de ver as coisas todas a resolverem-se quase do pé para a mão num espaço de um episódio (de seu nome: "último") o que levou 200 episódios até à altura para ser concluído. É como o Natal, esperamos que venha o mais rapidamente para que ele venha, mas quando damos por isso já é 27 e ainda nem sequer vimos com olhos de ver metade dos presentes. Finalmente também aprecio os décors que parecem ter sido arranjados pela Paula Rêgo em equipa com a Fátima Lopes (a de cabelo escuro).

P.S: Porque é que, na telenovela Olhos nos Olhos a Bárbara Norton de Matos, a cada ângulo novo da câmara tinha um penteado e uma cor de cabelo diferente. Aquilo era a maratona de perucas. Eu fiquei à espera que ela pusesse uma cabeleira afro, mas tal nunca aconteceu (pelo menos neste episódio), para grande pena minha.

domingo, 16 de novembro de 2008

Hmmmm...

Quer dizer... Para a própria, não façam um policial com o Jon Avnet... O fraquinho 88 Minutos com o grande Al Pacino já foi uma desculpa estúpida para se fazer um thriller, mas ainda passava por ser apenas ele a aguentar com o peso do filme. Desde quando é que uma pessoa tinha dúvidas que era a lourinha a matar as outras pessoas. Se querem fazer uma história de mistério, ao menos que não a façam, como se tivesse uma bolinha vermelha à volta da cara dos assassinos e depois estivessem sempre a dizer: "olha aquele a agir como um suspeito! Olha... Olha...". Pronto. Tudo bem. A ideia até era gira, fazer um filme passado em tempo real de um tipo que é ameaçado que vai ser morto dentro de 88 minutos. Mas não deu resultado.
Agora, juntarem o Al Pacino, o Robert de Niro e o John Leguizamo (sim, que eu tenho imensa consideração por este também) nesta trapalhada é demais.
Imaginem que começa com o Robert de Niro a dar numa de Travis Bickle velho e cansado a confessar 14 homicídios. E depois falam na história do serial-killer que anda a matar criminosos que escapam às mãos da justiça. Mas porque raio é que se vêm os crimes sempre a serem cometidos por alguém que não se mostra? Se é o Bobby que os está a confessar! É estúpido. E depois temos de passar a vida a ver qual dos três outros para além do de Niro é que andam a cometer os crimes: o Al Pacino, o John Leguizamo e a Carla Gugino. Dois destes esgotam-se muito rapidamente e a partir da morte do padre pedófilo (Sim. Ser padre num filme é o equivalente a ser um tarado sexual.) é como se tivessemos uma setinha com luzinhas a apontar para o assassino. E... SURPRESA! Essa pessoa é MESMO o assassino! Incrível... A única maneira de tornar este filme com um final surpreendente era ser MESMO o Robert de Niro a matar as pessoas.
E tirem-me o 50 Cent do filme. O tipo mal sabe actuar. Pelo menos deêm-lhe umas aulas primeiro. Ele é razoávelsinho porque ele viveu nesse mundo. De resto, ele não sai daí.
De resto: Por favor! São o Robert de Niro e o Al Pacino! Quem é que não gosta de vê-los aos dois? Mesmo sendo nesta porcariazinha de filme, eles conseguem ser convincentes! E as melhores de cenas são as que se passam entre eles os dois. São dois hiper-actores e mais nada! Acabou. Se fossem outros até se podia passar ao lado deste filme. Mas vê-los juntos é dar um caramelo a quem gosta de cinema. Até podiam estar no Meet the Spartans! Eram fantásticos!

Conclusão: Vão ver pelos outros dois e pelo terceiro que tem um papel mais pequeno mas que também está bom, como sempre. A história... Não interessa. Podem pôr os vossos cérebros em Off enquanto passa.
A minha nota (e muito inflacionada graças ao de Niro e ao Pacino)? 5

Um Gravador na Cabeça 4 - O Dia do Julgamento

Olá meus pequerruchos, estão benzinho? Pois. Isso é que não faz cá falta nenhuma.
Vamos para mais uma crónica de Um Gravador na Cabeça que eu não vivo só para isto (e daí... não... não vivo só para isto). Esta semana, há que assinalar que deu no Domingo uma música que eu acho que deve ser ouvida com o vídeo para se apreciar o humor todo da canção. Na Quinta-Feira passou uma das minhas músicas preferidas. Cada vez que a ouço, parece que me mergulharam numa banheira de água gelada, tremeliques à parte e depois que me obrigaram a correr uma milha... tipo triatlo. Acabo a música cansado. Em contrapartida, na Quarta-Feira deu o epítomo das músicas de elevadores, A Garota de Ipanema, que é a prova mais provada que até o nosso melhor pop ou rock está abaixo dos brasileiros em termos musicais. Alguém põe os Xutos nos elevadores? Não! Porque as pessoas esmurar-se-iam contra as paredes do elevador entre os dois andares e depois tinham de andar à cata de pedaços de ser humano pelo elevador, o que é uma porcaria.

Domingo – If I Were a Rich Man – Fiddler on the Roof


Segunda – Gospel Truth II – Hercules


Terça – E Vamos à Luta - Gonzaguinha


Quarta – A Garota de Ipanema – Tom Jobim


Quinta – El Tango de Roxanne – Moulin Rouge!


Sexta – Sanctuary! – The Hunchback of Notre Dame


Sábado – The Hills are Alive and The Children of the Revolution – Moulin Rouge!


E pronto, estavam à espera de algo mais? Não há! Não fiquem tristes. Para a semana há mais.

Modas...

Se há coisa espectacular no mundo são as tranças. São óptimas para usar como chicote, ou para ajudar príncipes a subir a torres com problemas infrastruturais. No entanto, isto assume uma nova proporção totalmente quando vejo uma pessoa, no meio da rua com idade suficiente para ser meu AVÔ de trança. Exactamente. Imaginem um cocktail de Professor Girassol e Lara Croft, shaken, not stirred. É quase isso. Já é estranho ver uma mulher de cabelo grizalho com um penteado que não seja, ou escorrido e curto ou com um daqueles penteados cobertos de laca que parecem escafandros ou OVNI's (esses são achatados e vão para os lados). Agora, ainda é mais estranho vê-la com uma trança. Agora um homem, velho, de bigode e de trança presa por elásticos vermelhos é demasiada fruta para uma só camioneta. É como ver a Ministra da Educação de bikini. É o quê? É assustador.
Eu não vou conseguir pregar olho hoje à noite. Eu vou ficar de luz acesa, a tremer debaixo dos meus dois cobertores e um lençol com um urso de peluche daqueles bem grandes nas mãos, para o caso de ver a sombra de uma trança a serpentear pela parede. Aí eu vou atirar o urso de peluche bem grande à pessoa de trança para a confundir e depois começar a dar-lhe mocadas com o Brisingr e o Harry Potter e a Ordem da Fénix (versão capa dura) enquanto ponho a tocar o CD de músicas para crianças do André Sardet, para a pessoa da trança sofrer o máximo possível. Eu vou estar de abafadores nos ouvidos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Acidente Impossível

Eu apenas tenho um comentário a fazer sobre o acidente que se eu hoje de manhã na Marginal. Como é que, às 8 horas, numa Marginal a andar PARADA, um carro consegue capotar? Era um carro holográfico? Ou a família saiu e virou o carro de rodas para o ar na rotunda para combinar com as decorações que lá puseram?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Notícias do Mundo dos Brinquedos

Isto, o Mundo dos Brinquedos já não é o que era. Agora até já deixou de ser um mundo da fantasia para ser um Mundo a sério. É natural que a Revolução dos Nenucos não aparece nas notícias, porque isso são coisas que lhes dizem respeito. Mas agora... há coisas que passam para o mundo exterior. Então, não se se repararam, mas a Leopoldina, que é um dos membros do Jet-7 no Mundo dos Brinquedos, já aderiu às plásticas.
Dantes tínhamos uma Leopoldina, já de meia idade, com a cara descaída (qual Mário Soares), o louro a perder o brilho. Agora ela fez um punhado de lipo-aspirações, um lifting e pintou as penas. Agora já está muito mais apresentável. Sim senhor, bravo, senhores do Continente. Eu nunca imaginaria a Leopoldina a dar numa de Luciana Abreu, mas tudo bem. Agora os miúdos querem é ver boazonas na televisão. Verifiquem por vocês mesmos:
Ah, pois é! Adeus e até à vista.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ponto Final, Vírgula

Olá meus telefones cor-de-rosa. Eu hoje estou muito indignado. Porquê? Continuem a ler e não façam perguntas parvas!
Parece impossível... Então, aquele poster-boy de testosterona, aquele animal de festa que só saía da Kapital para pôr verniz nas unhas e gel no cabelo, aquela bomba que desfilava como uma top-model numa passerelle (o trocadilho é propositado), diz, numa entrevista para um suplemento do Público, que odeia que digam que ele faz de Calimero.
Pois, de facto, ainda não o vi de trouxa ao ombro (o que era um bom sinal pois ia-se embora) e com uma casca de ovo em cima da cabeça (o que não era um bom sinal pois significava que os pteranodontes ainda eram vivos [O quê? Então vocês querem ver o Santana Lopes com a cabeça enfiada num ovo de codorniz? Só se fosse para meter lá dentro uma dúzia desses ovos e utilizar a cabeça dele como maraca.]).
Então não foi ele que disse que era o bebé em quem todos batiam? Se isto não é do Calimero, é de quem? Do Chuck Norris? Claro que não! Isto é de alguém que se assumiu como um avatar do Calimero! Primeiro porque ele ficou em terceiro lugar no concurso de melhor bronzeado a seguir ao Paulo Portas e à senhora que aparece nos pacotes de café da Sical. E depois porque ele, de facto, está a ficar cabeça de ovo. Lisinha, lisinha, lisinha que quase dá a sensação que ele lhe aplica um pouco de Pronto para puxar o lustro. Aquilo é uma careca que dá gosto pôr numa mesa, entre as pratas e as casquinhas.
Finalmente, nessa mesma entrevista diz que não gosta de discotecas... quer dizer, gosta... na verdade não gosta da mesma maneira que o resto das pessoas. O nosso Santaninha anda a envelhecer. Então aquele espírito jovial que ele tinha, para onde é que foi? Cadê espírito jovial??? A não ser que ele entenda que a discoteca da qual estejam a falar seja a Câmara de Lisboa. Pois, porque assim é compreensível. Primeiro porque aquilo é tudo uma rebaldaria lá dentro que mete num chinelo a Discoteca Luanda. E depois porque ele não se consegue decidir se quer lá ficar ou não. Num dia diz que sim, no outro já não quer, a seguir, talvez venha a ser presidente da câmara... Teve de ser o nosso Carmona a fartar-se de andar para trás e para a frente para acabar com isso tudo, porque senão, tenho a certeza que ele era menino para ainda hoje estar nessa jigajoga. Até acrescentariam no Totobola uma secção a dizer: "Santana Presidente: 1 X 2".
Também diz que nunca experimentou cocaína nem bebe. Não bebe o quê? Água mineral? Esse líquido infecto, como o Capitão Haddock lhe chama? E eu também não dúvido que ele nunca tenha experimentado cocaína. Agora que nunca tenha experimentado ecstasy é que eu tenho mais dúvidas. Pois, porque quem usa aquele tipo de lencinhos na cabeça, e passa três meses a governar o país com ministros a saltarem do lugar quase diariamente não é de quem está no seu estado normal.
Mas... pensando bem... sempre é o Santaninha. Perdoamos-lhe desta vez, porque senão ele amua e vai chorar para um cantinho do Garage.

P.S.: E não nos esqueçamos daquela mítica entrevista em directo, na qual ele estava a falar sobre a constituição e que é interrompida pelo Mourinho a chegar a Lisboa. Nisso, ele até pode ter razão em estar indignado, mas ele tem de compreender que, sendo o Mourinho o Messias português, ele tinha prioridade sobre um tipo a falar sobre essa tralha cheia de papéis que é a Constituição. Adeus.

domingo, 9 de novembro de 2008

Wrestling Clerical

O Santo Sepulcro: Um local de paz, pensamentos elevados, amor... e tareia. É verdade. Depois dos jogos de boxe, das manifestações de pessoas oprimidas, da luta livre entre jogadores de futebol e do bullying nas escolas, veio para ficar o wrestling entre monges.
O Santo Sepulcro é um local que, já de si, tem qualquer coisa que se lhe diga pois seis facções do Cristianismo controlam a basílica. É uma daquelas situações de "tu tens estes seis azulejos, e aqueles dois bancos que eu tenho estes dois candelabros e essa coluna." E só para não haver mais conflitos, as chaves da basílica pertencem a uma família muçulmana e que só um membro de outra família muçulmana pode trancar ou destrancar as portas da igreja. E nenhum deles se pode atrasar a acordar, se não querem ver uns monges bastantes insatisfeitos a bater-lhes à porta. E um monge ortodoxo com um arreliado a bater à porta de casa é capaz de tirar o sono a uma pessoa durante várias semanas.
Entre as várias lutas de poder naquela igreja está uma querela sobre um escadote colocado por cima da entrada da Igreja antes de 1852. Ninguém sabe quem é que tem autoridade para a tirar. O telhado que está em risco de ruir não pode ser reparado por causa de uma disputa entre Coptas e Etiópios. Nenhum deles deixa o outro reparar o telhado. E finalmente, por razões de segurança têm de construir uma saída de emergência para as pessoas que lá entrarem, terem de ser evacuadas rapidamente. O único problema é que cada uma das seis confissões tem um local a propôr (na parte que lhes pertence, bem entendido).
Ontem, estavam os arménios a celebrar o aniversário da descoberta da cruz pela mãe do imperador Constantino e decidiram passar pelo Santo Sepulcro que pertence aos ortodoxos gregos. Eles não quiseram, os outros avançaram e virou o caos na Basílica. Tudo o que vinha à mão era arma. Desde incensórios a estandartes, passando pelos candelabros, era tudo permitido. Eu acho que ainda se conseguiram vislumbrar duas machadinhas e uma shotgun no meio da confusão, mas essas foram escondidas antes que desse nas vistas. Só acabou com a intervenção da polícia (de choque, muito provavelmente) que acabou com alguma dificuldade a zaragata.
Um muito batido e esmurrado monge grego diz que: "Tentámos protestar pacificamente, tentámos ao máximo não usar a violência." Não! Não! Só começaram a dar uso àquela máxima que é: "Se um inimigo te oferece uma face, bate nas duas"... Ai é ao contrário? Pois... Esqueçam...
Continuando... Eles só estavam a dar de cheirar o perfume aos outros enquanto os esmurravam com o incensório até à inconsciência. Estavam a dar massagens faciais para a pele deles não se irritar com o after-shave. Estavam em plena sessão de partilha de tareia. Não é bonito e poético? Eu acho. E eu aposto que se tivessem convidado o grupo de Taizé para lá ir dar uma ajudinha, eles até levavam as violas para servirem de mocas.
Aqueles meninos já formam gangues alí dentro. Já usam tatuagens, piercings, ouvem Black Sabbath nos dormitórios e ultrapassam as pessoas na estrada pela direita. E ai de quem os impedir! Eu acho que até os hooligans fogem de rabo entre as pernas quando se vêem perseguidos por um bando de sacerdotes coptas enfurecidos.
A polícia disse que esta não é a primeira vez. E que também não vai ser a última. Ao que parece a última escaramuça na Basílica foi uma discussão entre católicos e etíopes quando um rebuçado Bola de Neve rebolou do bolso de um católico para a parte da igreja que pertencia aos etíopes. Mas isso é lá com eles.
Fiquem bem que a minha vida não é só isto e eu tenho de me ir embora.

The Name is Bourne... James Bourne

Na sexta-feira eu fui ver o último filme do 007. Estava com medo que nos calhasse na sorte um segundo Casino Royale que é um filme escusado a partir do momento em que o Le Chiffre morre, a não ser para preparar uma sequela.
Felizmente eu estava enganado. Regressamos ao thriller de acção, desta vez muito ao género de Bourne, mas sem perder o lado 007 da história.
O vilão também é uma surpresa. Ele tem um ar de bonequinha de trapos e é quase patético a lutar contra Bond com um machado. Isso dá-lhe um ar mais real do que qualquer outro vilão da série. (Em contrapartida, temos vilões verdadeiramente estúpidos nos filmes de 007 como Hugo Drax, embora esse também estivesse num filme igualmente ridículo, ou Francisco Scaramanga e o seu terrível terceiro mamilo)
Também marca pelo facto da principal Bond-girl mal dar um beijo a Bond e depois sair do carro e ir-se embora para sempre (talvez, parece que querem trazê-la de volta para o próximo).
Finalmente, este provavelmente é o mais pesado de todos os filmes, pois lida com o problema da seca causada pelo vilão e a sede de vingança de Camille e de Bond de uma maneira mais humana e mais real do que qualquer um dos outros filmes. A morte do Mathis também é uma cena que quase consegue ser tocante, um feito fantástico num filme de 007, pois estes filmes são feitos para uma pessoa pôr o cérebro em piloto-automático.
O que The Dark Knight é para Batman Begins, é o mesmo que Quantum of Solace é para Casino Royale. E isto é bom, na medida que a sequela consegue ser melhor que o original. Vão ver e não me chateiem a cabeça!
A minha nota?

P.S.: PORQUÊ? Porque é que tinham de meter aquele tipo que se parece com o Paulo Bento como ajudante do Dominic Greene, não conseguia deixar de me rir cada vez que ele aparecia. "Ena pá! O Paulo Bento é um assassino" "O Paulo Bento está a lutar com o James Bond." "Oh não! O Paulo Bento morreu naquela explosão! E agora? Como é que o Sporting vai treinar! E com quem é que o Gato Fedorento vai gozar agora? Com o Jesualdo?"

Pastelarias Antropófagas

Eu cada vez penso que as pessoas têm um lado canibal. Porquê? Porque gostam muito de comer coisas com nomes de pessoas, ou de partes de pessoas. Nas sopas temos: Caldo de Pobres, Sopa de Cardeal, Sopa de Dulcineia, Sopa de Santa Teresinha, Sopa de Pastora. Ainda temos no mundo das carnes, Fatias de Arlequim e Francesinhas e as Jardineiras. Mas no mundo da doçaria, a coisa vai de mal a pior. Cá vai!
Tíbias, Rins, Dedos de Dama, Línguas da Sogra, Orelhas de Abade, Gargantas e Barrigas de Freira, Papos de Anjo, Esquimós, Príncipes, Jesuítas, Argentinos, Russos, Moscovitas, Madalenas, Napolitanas, Camafeus, Duchêsses (Duquesas), Brigadeiros, Morgados, Fidalgos, Dons Rodrigos, Crepes Suzette, Pudim de Abade de Priscos, Viriatos, Bolo de Conde, Bolo de Família e até Bolo de Noiva. Bolachas: Marias, Belgas, Coríntias etc.
Mas porquê??? Que raio de ideia é esta? Têm algum fétiche por comer pessoas. Assim, não admira que as pessoas adorassem as empadas de pessoa da Mrs. Lovett. Deixo-vos com estes pensamentos poéticos porque eu tenho mais que fazer.

A Manife

Parece que ontem houve mais uma manifestação de professores. Eu passei anteontem pelo Marquês de Pombal e o que é que eu vi. Um balão de ar quente. E foi aí que eu pensei que afinal tinha toda a lógica subirem do Terreiro do Paço para o Marquês. E porquê? Porque a manifestação de professores é como o roadshow da Renault. Tem diversões ao lado para as pessoas se entreterem. No roadshow era uma barraca com o Fórmula 1 e uns quantos insufláveis para as criancinhas se poderem esmurrar sem os pais verem. Na manifestação tinhamos o balão, uns vendedores de castanhas assadas e, para quem quisesse, podiam subir até ao El Corte Inglés, para receber um autógrafo da Maitê Proença. Tenho pena que ninguém se lembrasse de pôr lá uma roulotte de farturas e uma barraca daquelas em que se pode atirar uma esponja cheia de água à cara de uma pessoa, desta vez com a cara da ministra. Mas isso sou só eu.
A polícia ainda não sabe quantos é que estiveram. Eu vou explicar-vos porquê:
"Na Avenida da Liberdade está um polícia, encostado a uma árvore, com uma sandocha de pão de forma numa lancheira a contar as pessoas na manifestação.
_64329... 64330... 64331... 64332... 64333...
De repente um dos professores na manifestação vira-se para o polícia e diz-lhe:
_Sr. Guarda. Podia recitar-me a tabuada dos 7?
_7x1=7, 7x2=14, 7x3=21... AAAAAAAAH! Onde é que eu ia?
_Está a ver como não saber matemática lhe dá problemas durante a sua vida?
_NÃO! NÃO! NÃO PODE SER!"
Ou então, eles simplesmente não sabiam contar. Fiquem com a história que gostem mais. Eu vou praticar canibalismo e volto já.

A Recorder in my Head Trinity

Eis-nos no terceiro capítulo da nossa saga "Um Gravador na Cabeça". Por certas razões não consegui escrever isto ontem (uma delas é porque não sou o Santo António). Mas, à parte disto eu andei muito animado estes últimos dias. Vejam só pelos vossos olhos e depois falamos

Domingo – Another Way to Die – Jack White e Alicia Keys


Segunda – Elephant Love Medley – Moulin Rouge!


Terça – Up Jumped the Devil – Nick Cave and the Bad Seeds


Quarta – Don’t Stop Me Now – Queen


Quinta – Princesses on Parade – The Swan Princess


Sexta – Sem Fantasia – Chico Buarque e Maria Bethânia


Sábado – Sinuca – Ópera do Malandro


Fiquem por aí, que eu ainda não disse a minha última palavra.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

És um Papo Seco!

Sinceramente, eu gostava de saber o que é que as pessoas entendem por "pão normal". Porque para as pessoas há o pão normal e os outros. E qual é que é o pão normal? É o papo seco, a vianinha, os brasileiros e esses sucedâneos de pão que se empilham nas prateleiras de supermercado. Agora vamos lá pensar. Os outros pães, se não são normais são anormais. E entre esses estão incluídos os pães de Mafra, os caseiros, o alentejano. Esses sim são pães anormais! Abrutalhados, rudes, como as pessoas do povo. Mas então, quem é que nasceu primeiro? O pão alentejano ou as vianinhas? O alentejano! E agora? Qual é que é o anormal?
Eu sinceramente acho que os papos secos e as vianinhas foram aquelas coisas que inventaram para compensar a falta de pão a sério. Porque as vianinhas não passam de bocados de ar com um pouco de pão à volta. Eu só tenho vontade de lhes atar cordéis e andar com as vianinhas presas num cordel pela rua como se fossem balõezinhos. Porque é aquilo que são! E de fazer, em vez de concursos de aviões de papel, atirar vianinhas pela janela porque têm um vôo mais gracioso e mais longo. Para uma vianinha não voar com a corrente de ar, tem de se pôr o boião do doce em cima. E os papos secos a mesma coisa, só que esses não têm forma de flor. Estes pães são as Paris Hilton dos pães. São pães com deficiências mentais severas! Por isso é que têm tanto sucesso! Porque gostam mais de louras oxigenadas (e quando falo oxigenado, falo a sério) e burras.
Pronto! Já amuei! Até já.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tiro com Arco em Ogiva

Como não tenho nada de muito interessante para dizer hoje, vou deixar-vos uma parte de uma crónica radiofónica de humor que o Bruno Nogueira e o João Quadros (afinal, esta parte foi só o João Quadros... ele disse-me) fizeram para a TSF. É sobre o tiro com arco e... sinceramente... sendo eu um praticante de tiro com arco, isto para mim tem um significado ainda mais profundo. Foi tirado da crónica de 3 de Setembro 2008.
"E... ahh... senhores dos Jogos Olímpicos, que eu sei que vocês ouvem a TSF, o que é aquilo do arco e flecha? Hmm? Eu, quando liguei a televisão e vi que às cinco da manhã estava a dar o arco e flecha, fiquei agastado, porque vi logo que já tinha perdido a prova do lançamento de pedregulhos em catapulta e a queima de bruxas sincronizada. Arco e flecha no século XXI?! Como é que uma pessoa começa a praticar esta modalidade? Tem um avô que era cupido e tinha o arco e as flechas lá em casa? Arco e flechas só se justifica se a companhia aérea que transportou os atletas tiver perdido as malas com as carabinas e tiveram de inventar qualquer coisa para as substituir. Eu preferia pedras, mas tudo bem."
Eu vou ser agora largado num descampado e o meu professor vai começar a fazer pontaria a mim, no género do Apocalypto pois ele teve de sair do Algarve para vir a Lisboa, porque tinha de comentar a prova de arco.
E sinceramente, aqui entre nós, não há nada mais chato no Mundo do que ver provas de tiro com arco. O giro é fazer, mas ver é para por a cabeça das pessoas em screen-saver durante as três horas seguintes.
Fiquem bem que eu tenho uma coisa para acabar a Área Projecto e estou com vontade de a atirar pela janela fora.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A Última Gargalhada

Ah, ganda maluco do Obama, ganhou! Mas não é disso que eu venho falar hoje. Há coisas mais importantes no panorama mundial como, por exemplo, a gala de homenagem à Milú que faleceu hoje de manhã, ao que parece. Para já, porque deve ter sido uma chatice para a Milú. "Epá! Quero saber como é qua acabam as eleições no EUA! McCain ou Obama, Obama ou McCain. Já votaram! Vou saber os resultados! E o vencedor é..." Pumba! Morre. É no mínimo frustrante.
Depois, qual é a primeira coisa que eles se lembram de fazer? Nada de criar uma gala a partir do zero. Eles passam uma gala que eles fizeram em 2007 em honra da Milú.
Agora, imaginem que alguém não tinha visto a gala. Ficava com uma impressão fantástica das bestas que estavam lá no Coliseu. Como é que as pessoas recebem a morte da Milú? Palmas! Festa! Sorrisos! Piadas! Alegrem-se que a velha já não está entre nós! Iupi!
A sério, uma coisa é fazer uma gala de homenagem a uma pessoa que acabou de morrer. Outra coisa é fazer uma festa enorme em diferido pela morte dessa pessoa. Uma pessoa fica com a sensação que todos gostavam imenso dela.
E põem os Xutos a cantarem a Minha Casinha. Se há coisa que me comoveu é essa dos Xutos se porem a cantar o cadáver de uma música bonita que eles esventraram e penduraram de cabeça para baixo, qual Mussolini. E depois os tipos, bem sei que nunca cantaram nada de jeito, mas aquilo é um homicídio qualificado de uma música. O Tim, para além de ser o cão d'Os Cinco, canta tão bem quanto uma pessoa consegue assobiar a Marselhesa em Fá Sustenido enquanto lhe dão chicotadas.
Outra coisa que me caiu extremamente bem foi o facto de o Virgílio Ferreira dizer que a Milú estava linda. Agora a sério, uma pessoa que está a ganhar bolor não está bonita. Quanto muito, está a ficar verde e magra. Ou outro senhor a dizer que o Manuel de Oliveira está com 100 anos e ainda anda por aqui para as curvas. Isto é estar a gozar com a Milú.

Tenham vergonha nessa carinha. Pode ser? Óptimo, porque senão eu tinha de me chatear. E um dos meus amigos é uma morsa e esmaga-vos a todos. Vá...

Eles andam por aí...

Depois das vacas loucas, da gripe das aves, e das ovelhas com calvície, estamos sob o risco de outra pandemia: os Frangos Azuis.
E esta pandemia foi detectada primeiro em Portugal. Foi detectada há um mês e pouco em Vila do Conde, mas ninguém ligou nenhuma. Era absolutamente normal que uma coisa dessas acontecesse. Já há um ano atrás houve outro caso no Porto, mas nada de muito grave. O que ninguém estava à espera é que começassem a aparecer Frangos Azuis em Leixões e na Figueira da Foz. Esta doença, ao que parece, é altamente contagiosa. Ao que parece já foram detectados 125 casos. 74 desses (os benignos) já estão estáveis e parecem estar a regredir, mas ainda muito lentamente. Os outros 51 estão a evoluir depressa e duvida-se que haja algum que aguente até ao Natal.
Os sintomas dos frangos azuis malignos são espasmos involuntários dos membros, falta de controlo nos mesmos, desequilíbrio, falta de força, pensamento confuso, delírio e amnésia. OS benignos não afectam muito as pessoas, se não contarmos com uma sensação de confusão, depois de frio no estômago, alegria, euforia e relaxamento dos músculos. Ainda se pensou que fossem AVC's colectivos, mas pôs-se de parte logo ao início essa hipótese por ser apenas estúpida.
Os afectados pela doença dos Frangos Azuis são sobretudo atletas de alta competição, embora já tenham aparecido casos em directores. A faixa etária mais afectada está entre os 18 aos 40 anos. Todos os casos malignos têm residência nos arredores do Porto, montes de dinheiro e costumam jogar futebol...
"Ah! Mas tu estás a falar nos frangos do Porto? Aqueles do Futebol?"
"Estou. É uma das mais graves epidemias do país..."
"Oh! Vai enganar outro!"
"Mas é verdade. Isto não é normal! A sério! E se agora o Jesualdo for treinar para o Benfica? Eu não quero ver o meu Benfica a perder!"
"'Tá bem... Fala para aí!"
"E depois admiram-se das pessoas caírem doentes! Ninguém liga nenhuma! Ei! EI! EU ESTOU A FALAR CONTIGO! NÃO TE VÁS EMBORA! EI!!!"

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Tic... Tac... Tic... Tac... Tic... Tac...

A espera. Isto de se eleger um presidente americano é quase como um conclave papal. Toda a gente à espera do fumo branco a erguer-se... em forma de cogumelo ou no Illinois, ou no Arizona e um ensurdecedor: "WHAT!!!"
As pessoas todas, com um friozinho na barriga, a roer as unhas, a tremer que nem varas verdes, a terem esgotamentos nervosos. Obama ou McCain? McCain ou Obama? Será que é desta? Não, não, ainda não é.
Durante os últimos dias tenho vindo a assistir à vida pessoal dos dois candidatos mais a nu do que os jogadores da selecção. Entrevistam todo o tipo de pessoas, inclusive o CABELEIREIRO do Obama. Se ele ainda estivesse com aquela cabeleira afro que ele tinha em novo, ainda se compreendia, porque aquilo era um plágio aos microfones de palco... Eles não conseguem entrevistar o cabeleireiro do McCain. Sobretudo porque ele já chegou à fase em que ele não precisa de nenhum. Quanto muito, poderiam entrevistar o fabricante de dentaduras. Sim, que, não sei se repararam, mas ele tem o ar de alguém que vai morder a primeira pessoa que lhe aparecer à frente em vez de lhe estender a mão.
Por outro lado, ninguém fala de Joe Biden. O tipo parece que quinou enquanto foi a candidatura e nunca mais se falou nele. Ou então que também foi raptado por aliens como a Nélinha, só que ainda não conseguiram arranjar um clone. Tipo Kim Jong-Il.
A Sarah Palin está "alive and kicking" como dizem na terra dos cámones. Primeiro, porque é a maior ameaça mundial desde o Bush. E depois porque é muito mais interessante falar da vida pessoal de psicopatas do que de tipos que são pontinho em branco. Quem é que faz parte das "feministas pró-vida", e, ao mesmo tempo, permite as pessoas andarem com armas no meio da rua, caçem e destruam parques naturais inteiros para oleodutos. Isto é o protótipo da besta! E, a cereja em cima do bolo é o facto de estar a favor de se dar o Adão e a Eva em vez da teoria da evolução nas aulas de ciências. Isto é o Osama Bin Laden em versão feminina e cristã. E, se isto fosse um jogo de vídeo, eu até acharia interessante ver metido uma tarada na Casa Branca. Mas isto sendo o mundo real, prefiro sinceramente o Obama ao McCain (que é a marca de batatas fritas).
Eu sei que não tive piada nenhuma. É dos nervos. Já roí os dedos até ao ombro e estou com a boca a saber a sangue... e estou a escrever com o nariz. Isto demora tempo. Fiquem bem e até daqui a um valor X de tempo.

Faltam 51 dias!

E, acabada a contagem decrescente para as eleições americanas, começa a contagem decrescente para o Natal. Prevêem-se cheias de pessoas nas lojas para celebrar o nascimento do consumismo.
Pergunta. Mas oque raio é essa mania de meter as decorações de Natal na moda?
Dantes era tudo mais simples: A árvore era verde, as bolas tinham cores alegres, as decorações ficavam espectaculares. Mas agora, tem-se a mania de pôr cores no Natal. No ano passado foi preto e branco. Dá alegria ver uma árvore toda de preto e branco, com caixõezinhos de pinho pendurados e um conjunto de luzes que até toca a Marcha Fúnebre do Chopin em MIDI. Dá gosto ter um Natal assim. Mas, também as cores deste ano são igualmente deprimentes. Optou-se pelo castanho e pelo bronze, e agora as árvores parecem ter ido a uma cerimónia dos Globos de Latão Enferrujado, que é uma coisa que fica a matar numa árvore.
Despeço-me e cuidado com aqueles senhores que andam em cima de gruas a por decorações, não tropecem em nenhum quando saírem à rua. OK? OK.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A Política que Veio do Espaço

Eu, sinceramente estou... espantado com uma expressão totalmente fabulástica que Paulo Ferreira utilizou para descrever Manuela Ferreira Leite.
No JN de ontem, dirige-se-nos com esta frase: "Manuela Ferreira Leite é politicamente tenrinha."
O QUÊ?????????(...)??????????

Eu já tinha visto muitas pessoas a chamarem coisas à Manuela Ferreira Leite (Nélinha entre as amigas), todas elas impróprias para se pôr num blog. Mas, nunca tinha ouvido alguém chamá-la de "tenrinha"! Mas ela é tenrinha ao pé de quê? Do Ramsés II? Duma trilobite? Dum hamburger preparado pela Gertal? Só se for ao pé do planeta, porque ainda andava ela a vogar no hiperspaço, já o Sistema Solar se estava quase a formar. Ela é a Yzma em versão portuguesa. Só que sob o efeito de Valium e com um visual muito menos espectacular (a Yzma, no fim transforma-se num gatinho fofinho e lilás, coisa da qual não se pode gabar a Nélinha).
Mas quem será este Paulo Ferreira? Que espécie de cogumelos é que ele anda a tomar? Devem ser potentíssimos! É estar a dizer que o George W. Bush é espectacular e que fez um estudo nos intervalos para o café em que simplificou todas as leis do Universo numa única equação. É uma estupidez. Ultrapassa uma mente mortal. Ou então deve ser ainda mais finado que a Nélinha e deve ter jogado ao botão com o Cardeal Richelieu. Mas será que é da mesma Manuela Ferreira Leite que estamos a falar? Aquela que faz lembrar o Freddy Krueger com uma peruca? Aquela que come criancinhas ao pequeno-almoço.
Foi só então que eu reparei que a Nélinha tinha dito à TSF que: "O salário mínimo é realmente muito baixo e, portanto, ninguém pode estar contra aumentá-lo." ISTO EXPLICA TUDO! Os extraterrestres raptaram a Nélinha e puseram cá um clone, modelo MFL-2. Pois, porque a verdadeira Nélinha até diminuiria o salário mínimo para 0,30€, e isto, se tivesse acordado com os pés dentro da cama. Porque quando alguém que diz que o Salário mínimo deve subir, cinco anos depois de ter dado 0,12€ para os portugueses almoçarem só pode ser uma de duas coisas: ou é parva, ou foi raptada por aliens e substituída por um clone.
E aqui está o ponto ao qual eu queria chegar. Os candidatos a cargos no Governo devem ser sempre raptados pelos aliens que querem manter o poder nas mãos deles. Pois só assim se explicaria o facto de os políticos que fazem campanha serem umas pessoas fantásticas e quando tomam posse do cargo ficam umas bestas quadradas que não dizem coisa com coisa. Porque toda a gente sabe que os clones são maus actores.
E é isto. Os aliens estão com o poder mundial nas mãos. Podem entrar em pânico... agora!

Piada Ressequida

Uma daquelas piadas das quais nos haveremos de rir daqui a exactamente 19 anos, 4 meses, 13 dias, 18 horas, 56 minutos e 7 segundos.

S.O.C.R.A.T.E.S.
Qual o seu significado?

Salazar
Outrora
Caído
Regressou
Agora
Transformado
Em
Socialista

Já está aqui anotado na minha agenda: 15:41:55 do dia 17 de Março de 2028, dar uma gargalhadinha sem humor nenhum.

domingo, 2 de novembro de 2008

A Voz da Estupidez

Enganei-vos bem, han? Ora bem, eu hoje queria falar-vos de uma coisa que, sinceramente, me preocupa. Aviso desde já que não faz sentido nenhum.
O que raio é aquela coisa que dá na RTP1 chamada A Voz do Cidadão? Não sei se já alguma vez a viram. É o programa do provedor do telespectador: que é, nem mai nem menos que Paquete de Oliveira, que só pelo nome, imagino o Spirou com um ar todo formal, no Alentejo, ao lado de uma oliveira com um puxador e botões com números de andares. Mas o que é facto é que aquele programa deve ser o único programa da televisão mundial que é contra os programas que o próprio canal passa. Eu avisei que isto não fazia sentido...
Sr. Paquete de Oliveira. Não faça tantos floreados naquilo em que uma pessoa tem de ser directa. Seria muito mais fácil dizer aos espectadores: "Oiçam, o que vocês estão a ver é tudo uma porcaria, portanto desliguem a televisão. Passem mais tempo a ler, a passear pelos parques, a divertirem-se com os familiares. Mas por favor, não vejam isto! Porque no fundo estamos a fazer-vos nossos escravos, a usar os vossos olhos e os vossos ouvidos para vos esvaziar o cérebro a dizer que têm de viver a vida e que têm de ter uma personalidade, quando no fundo estamos a transformar-vos numa carneirada que engorda enquanto se afunda no estofo do sofá. E mais nada!" Até podiam fazer umas musiquinhas e pôr o Paquete de Oliveira a dançar e a agitar umas maracas enquanto no fundo passavam imagens dum desfile no sambódromo. Dava muito mais resultado.
Porque ninguém quer ver um tipo, com um ar sério de morrer, a debitar informação mais pesada que pedras tumulares, um pouco antes do horário nobre, acompanhado por uma data de pessoas. Para isso, temos A Fé dos Homens na RTP2. E chega!
Adeus, minhas baleias voadoras, até daqui a um bocadinho.