terça-feira, 26 de maio de 2009

Cliveowenadas

Duplicity - É triste quando um realizador decide fazer uma comédia em que metade das pessoas não se ri uma única vez no filme. É também triste ver um filme que só resulta pelo facto de ter a Julia Roberts e o Clive Owen a degladiarem-se em cena. É como ver uma competição entre o Nadal e o Federer. E é isso o único ponto bom da história. A trama, para além de ter analepses e prolepses que fazem inveja a um epsódio do Lost, é demasiado complicada e não percebemos metade do que se está a passar ali, para não falar que ele nos destrói a história de mistério e intriga que por ali se desenvolveu, dizendo no fim quem era a toupeira na empresa vermelha sem sequer ter dado pistas para tal. Peca por não envolver as pessoas no filme. Para não falar na falta de ritmo, porque só o ganha no último terço do filme.
Duas cenas destacam-se o filme: A cena em que os patrões da empresa azul (Burkitt & Randall) e da empresa vermelha (Equikrom) se encontram, logo ao início. E também a cena em que a Julia Roberts está a entrevistar uma mulher que vai ser despedida por ter deixado entrar um espião nos escritórias da empresa azul: o Clive Owen.
O melhor trabalho foi desenvolvido, não pelo carisma dos dois actores principais (que já o têm por natureza), mas pelos dois personagens secundários:; Os CEO's. Bom trabalho do argumentista a criar o dono da empresa azul e óptimo trabalho de Paul Giamatti a criar o boçal CEO da empresa vermelha.
O filme acaba por ser divertido para desligar o cérebro durante duas horas mas acaba por dar em nada. Pontuação final?


The International - Bem vindos a um Mundo triste. Parece ser esta a mensagem de The International. Clive Owen está sozinho (com um pequeno cameo de Naomi Watts) a lutar contra um banco letzeburguês corrupto, o IBBC, cujos tentáculos chegam a todo o lado. Resultado? Clive Owen acaba por obter a sua vingança, mas perde, pois o banco continua totalmente operacional. Raios!
Todo o filme é passado neste clima de "impossível vencer" e de "não há esperança". Bem sei que o olhar cínico de Tom Tykwer (considerado o inventor do Euro-thriller) pesa muito no filme, mas acabamos o filme com toda a esperança drenada da nossa mente, o que, pelo menos a mim, deprime.
Ponto alto? Uma cena que merece o meu aplauso e que Hitchcock não desaprovaria: Uma cena de tiroteio em pleno Guggenheim nova-iorquino, que é dos momentos com mais suspense que vi ultimamente no cinema. Pena que todo o filme pareça ter sido feito só por causa dessa mesma cena. Pontuação final? 6

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