terça-feira, 23 de março de 2010

Branco Seco

Era eu muito pequenino (tipo... 10/12 anos) quando eu fui introduzido pela minha mãe ao fantástico mundo da Adèle Blanc-Sec. E não é que o Luc Besson (O Quinto Elemento, alguém... Isto para não falar que é produtor de mais de metade do cinema francês) vai fazer um filme (que possivelmente alargará para uma trilogia) baseado na série?
As histórias da Adéle passam-se em Paris, entre 1908 e 1922. Todas, de uma forma ou de outra, rodeiam o tema da fórmula da vida eterna que é constantemente destruída para voltar a ser encontrada por alguém que, mais tarde morre sem conseguir revelar nada a ninguém. E assim, primeiro um pterodáctilo, depois um tiranossauro, seguido por um pitecantropo, uma múmia que estava no apartamento de Adèle (que afinal é um físico nuclear do tempo de Quéops), a própria Adèle e mulidões de trilobites regressam à vida ao decorrer da série.
A Adèle, por sua vez, é uma romancista que faz reportagens em freelance para ganhar alguns trocos, metediça, cínica e sarcástica que vive rodeada de pessoas que a amam (ao ponto de bater com a cabeça nas paredes) ou que a odeiam (ao ponto de se matarem para a conseguir matar primeiro). E ao longo da série, ela sobrevive a atentados cada vez mais estúpidos, aparentemente, sem razão nenhuma: Invadem-lhe a casa com uma frequência assustadora, atiram-lhe com estátuas, ponteiros de relógio de torre, balas de canhão, um comboio inteiro e até afundam o Titanic (o iceberg em que o trasatlântico bateu era um barco camuflado que disparou várias rajadas de artilharia para afundar o primeiro) pois pensam que ela estava no seu interior.
Estou excitadíssimo com a ideia e mal posso esperar que saia. Esperemos que pelo menos a Medeia Filmes importe o filme para cá (já que eles gostam tanto de cinema europeu...).
Para quem não importou O Fantástico Mr. Fox, bem que se poderiam redimir...




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