terça-feira, 17 de março de 2009

Os Cinco e o Mistério do Contentor

Hoje venho contar-vos uma história. Era uma vez uma escolinha no Norte, ao pé de Barcelos. Essa escola tinha o bonito nome de Escola da Lagoa Negra...
OK, agora fartei-me! Basicamente, fecharam uma turma inteira de ciganos num contentor no meio do recreio, para lhes dar aulas. Estão a ver porque é que me fartei? Pronto.
É uma daquelas histórias que parecem ter a mão da Enid Blyton metida lá no meio. Primeiro, o nome da escola. Quase que consegui ver o Tim a pular pelo meio do buraco do O de "Lagoa". Até prometia uma escursãozinha naquela zona tão castiça que é o Minho, com muita ginger ale e empadões à mistura (Pois, que eu não consigo ler a Enid Blyton sem ter um naco à cortador à frente. Se retirássemos a parte da comida, os livros resumiam-se em três linhas.). E eis se não quando, aparecem ciganos lá no meio, e eu pensei logo... Ah! Isto é a sinopse do 22º livro da série, que nunca chegou a sair e fiquei sem saber qual dos Cinco é que foi parar com uma paragem de digestão ao hospital... Ainda por cima, se mete ciganos, deve estar lá a João, a ciganinha que eles encontram na nona história... É giro... Girinho, vá. Mas não. Adeus, Enid Blyton, tu não tens nada que ver com isto...
O que é que aconteceu na Escola da Lagoa Negra para porem os 17 ciganos a terem aulas à parte? Por acaso algum deles tentou vender o carro do director por 20€ a algum transeunte? Não...
Muito pior foi a outra que andou a praticar kickboxing com a professora em Aveiro... A essa põem-na num contentor? Não! Põem-na em casa, de férias, durante 10 dias úteis. Só para ela se arrepender... Essa devia passar a ter aulinhas num contentor e ser descriminada dos professores por meio de uma daquelas chapas de acrílico que existem nalguns táxis. É que ao que parece aquela aluna é muito pacífica até ao momento em que lhe chegam as especiarias ao nariz...
E é assim... Agora os professores já têm medo de pedir ao menino Vorhees que largue a serra-eléctrica porque está a amputar a colega do lado... Pois!
Mas, voltando ao assunto. O que é que a DREN diz? Que se trata num caso de "descriminação positiva"! Ou é de mim, ou para os nazis, o Holocausto foi um coisa muito positiva? Uma pessoa fica ALEGRE de estar a ser descriminada com todas as good vibrations do mundo e um Bob Marley de plástico a cantar o "One Love" em MIDI.
Quanto ao facto destes alunos se encontrarem a ter aulas num contentor, a representante da DREN lembra que «O contentor, não é um contentor, é um monobloco.» AH! Isto é uma diferença ABISMAL! E porquê? Porque o monobloco tem uma janelinha... e uma porta. Assim, já não há risco de confundir a Escola da Lagoa Negra (passa-me a tarte de maçã) em Barcelos com Alcântara. E vivemos todos muito mais felizes!
E ainda acrescente que «O monobloco já existia na escola, o senhor secretário da junta deve estar distraído». UIII! Ninguém na escola tinha reparado que havia um monobloco escarrapachado no meio de recreio! No gabinete do director deve ter sido giro...
"Ah, não tinha reparado! A sério???"
"Sim, senhor director! Do dia para a noite apareceu lá um monobloco, como que por magia!"
"Ah, pois é! Agora que espreito aqui pela janela, é verdade, é..."
"Pois, eu também já tive infestações de monoblocos em casa, é chato, sobretudo porque o meu mais novo desenvolveu uma alergia e ficou cheiinho de urticária. Mas se dermos, aos monoblocos, com um pouco de Raid, eles nunca mais voltam a aparecer.".
Despeço-me, dizendo que gosto tanto de vocês, como eu gosto daquela nuvem no hemisfério Norte de Neptuno.

PS: Eu gostava de saber como é que os Cinco levavam empadões para as viagens de bicicleta. Han? Sim, desses empadões feitos com puré e carne! É daqueles mistérios que eu nunca irei ver esclarecidos porque fazem... 41 anos desde que a Enid Blyton foi ter com o Noddy. E desde então ela nunca recuperou...

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