Aqui está um bom filme que precisava de uma mãozinha. Não é para entretenimento como o Valkyrie. Em vez disso, este é um filme que é silencioso no seu todo. E muito realista. A Kate Winslet faz um papelão como a guarda prisional analfabeta em fuga. Vê-se que ela trabalhou imenso no papel de Hanna. Uma pessoa consegue “saborear todas as pequenas emoções” que passam pela cabeça dela. E nisso, ela fez o seu papel muito bem. O Ralph Fiennes é muito mais convincente do que o seu alter-ego David Kross, mas temos de convir que o nosso Kross é uma estrelinha em ascensão e tem potencial para tal. Também temos um cameo de Bruno Ganz (o Hitler do Der Untergang) como o professor de Direito. Então, qual é o verdadeiro problema do filme.
É o ritmo. Começa lento, acelera, volta a ser lento, morre renasce só para voltar a cair e acabamos por ver a Kate Winslet a matar-se sem nunca se perceber totalmente o porquê. Se o realizador (que já fez o Billy Elliot e As Horas) tivesse considerado em tirar algumas cenas para as substituir por outras que faziam mais falta á história, poderia ter ficado melhor. E, eu não tenho assim grandes problemas com o facto de nudez no cinema, mas existe uma cena, em que a Kate Winslet lava o David Kross que está em pé na banheira que podia ser cortada. Demora um minuto e vemos bem o Kross como veio ao Mundo das canelas para cima, mas não adianta nada para a história. Mesmo que seja pela necessidade de dar ênfase ao facto de aquela relação ser só de natureza sexual. Não há um grande amor entre as duas personagens, porque não há. Mas… pronto… é desnecessário. Se o filme tivesse sido equitativamente distribuído teria ficado melhor.
Basicamente: Era um bom filme? Sim, senhor. Eu gostei? Nem por isso. Assim, só leva um 8.
Pontos bónus: Bem sei que vocês não se vão rir, mas eu gosto muito de uma das frases do fim do filme: "Existem organizações judias para tudo.". Fiquem com esta imagem e adeus.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
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