quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Literatura em Pacotes de Açúcar

Eu, cada vez que vou a um café Chave d'Ouro, tenho de me preparar psicologicamente para o pacote de açúcar que eles nos entregam. Porque a cada pacote de açúcar novo, eu ainda me posso deparar com uma das frases ultra-filosóficas que o José Manuel Saraiva escreveu no seu novo livro. Já coleccionei três momentos de QI superior. Cá vão eles:

"O meu único desejo é conversar. Conversar com alguém que ainda sabe sorrir"

"Foi no Inverno, meu amor, que nos amamos como nunca ninguém decerto amou."

"Que estranho destino é o meu que apenas me consente paixões ardentes e me faz esgotar em amores improváveis"

E depois disto, ainda temos o dito Zé Manel no pacote de açúcar a olhar para nós com uma expressão profundamente apaixonada. De tal maneira apaixonada que a certa altura tive medo que ele saltasse do saquinho para o mundo real e me pregasse um chocho. E isso é uma coisa que não me agrada, porque me mantenho heterossexual. Por muitos olhinhos que o Zé Manel me faça, eu já escolhi a minha orientação.
Eu achava melhor quando os pacotes de açúcar diziam coisas interessantes como: "Sabia que foi Gil Eanes quem dobrou o Cabo Bojador pela primeira vez?".

Sem comentários: