O metro em Budapeste é uma coisa verdadeiramente espectacular. Se calhar sou só eu, mas... de todas as linhas de metro (que são três) que existem por aqui, nós tínhamos de vir parar precisamente ao lado da mais escavacada de todas as linhas. Porque aqui o metro é um mimo. Não podemos andar sem tropeçar em sem-abrigos, em paredes que vêm abaixo de grafittis (mas dos mauzinhos) e em quiosques com um ar ainda mais duvidoso que aqueles dois monstros que puseram no Rossio para vender florzinhas. Depois chego às outras linhas... ena pá! O epíteto do impecável. Nem uma coisinha fora do sítio. Parece que aquilo é gerido por obsessivos-compulsivos. Mal há manchas nas paredes. O sítio está, que nem um brinco. E depois voltamos para a linha 3 e volta a ser o desastre total! Linhas 1 e 2, lindas... linha 3, um horror! Até parece o metro de Nova Iorque, em que uma pessoa está sempre à espera de ver um tipo qualquer a saltar dum canto para nos esventrar até à morte. Parece que as linhas 1 e 2 são para VIP's e a 3 é a linha de serviço.
Outra coisa que eu acho verdadeiramente espectacular no metro de Budapeste são, nem mais nem menos que as magníficas escadas rolantes que são de madeira, mas cuidado com elas. E porquê? Porque elas correm a velocidades quase ultrasónicas! Aquilo não são escadas. Aquilo são catapultas de pessoas. Esqueçam o slide e o rappel! Querem desporto ainda mais radical que o parkour? Que tal, andarem de escadas rolantes no metro de Budapeste? Han? Adrenalina a 100%. UHUU!!! Aquilo deposita as pessoas tão depressa, que, lá, no fundo das escadas, existe, para aí, a uns bons cinco metros de distância, uma pilha de pessoas a tentarem levantar-se antes que saia outra disparada contra eles e venha, de novo, tudo abaixo, tipo pinos de bowling.
Mais uma coisa digna de nota, são os anúncios que eles colam no chão. E então, temos anúncios àquela imperdível exposição que é Bodies, o sonho de qualquer pessoa que seja podre de mórbida (e que mantenha o carro parado no meio da autoestrada, durante um acidente, até conseguir ver, pelo menos, uma cabeça arrancada), que mostram um corpo humano sem pele a dançar com um esqueleto humano. E ao lado temos um anúncio em húngaro (portanto, não me perguntem sobre o que é que trata, porque eu também não sei) em que mostram um daqueles homenzinhos de gengibre, todo fofinho, sem uma perna (que acabou de ser comida por um alarve qualquer) e A SORIR! Esqueçam a morte do Kevin em Sin City! Isto é muito mais sinistro! YES! ESTOU A SER DESPEDAÇADO POR UM ANORMAL QUALQUER!... E GOSTO!!!
Finalmente, o comboio do metro em si, para além de parecer que se vai desconjuntar a cada saltinho que dá, tem o toque para aviso que vai fechar as portas mais frustrante do Mundo inteiro. Porque, utiliza precisamente as primeiras duas notas do O Tannembaum! E então estou sempre à espera que a música continue, mas ela fica pendurada na segunda nota para o resto da eternidade. E eu dou por mim a cantarolar o resto da canção, só para conservar a minha sanidade mental até à estação seguinte. E lá vem mais outra dose de O Tannembaum.
Pröntő. Fiqüem-se por aí, que eű esŧou a experimentår es łetras esquisitās qųe eles espalhăram aqui pelø teclađo... Vá...
domingo, 21 de dezembro de 2008
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