domingo, 25 de janeiro de 2009

Um Gravador na Cabeça 14 - A Vingança do Vinil

Olá minhas Pippis de Meias Altas, hoje é dia de mais Um Gravador na Cabeça, o 14º até agora. Esta semana foi muito oldie, com a música mais nova a ser escrita em 2002 e a média da data em que as músicas foram escritas, desta vez foi, nada mais que 1984... Há 25 anos atrás! Portanto, se vos começar a crescer barbas à Merlim enquanto lêem isto, não se admirem. Começamos com a minha segunda preferida música dos Queen (a primeira é Bohemian Rhapsody e a terceira é Don't Sop Me Now que já passou por aqui. O We Will Rock You surgew apenas em quarto.).
Depois temos o groovy e jazzy tema principal de Catch Me if You Can, numa das poucas músicas em que John Williams consegue surpreender (sobretudo por não ser uma marcha). Pois é que, ele pode ser considerado o melhor compositor de todos os tempos, mas raramente sai de criar temas marcantes (Jaws, Indiana Jones, Star Wars, Harry Potter, só para mencionar uns poucos) mas que acabam por se tornarem corriqueiros. Não tem a potência de um Hans Zimmer, a maluqueira de um Danny Elfman ou a poesia de um James Newton Howard.
Depois temos outra MPB, desta vez mais uma das músicas da Ópera do Malandro. Desta vez, mais uma música exclusiva do filme: A Volta do Malandro. Vejam e digam-me se não é uma delícia.
Voltamos aos Queen. Desta vez com One Vision que tem um início muito sui-géneris. É estranhozinho... Mas no fim tem uma surpresa. Para quem perceber inglês, nota-se que o Freddy Mercury em vez de dizer: "uma visão" diz "galinha frita" ("Fried chicken")...
Depois temos uma estreia. Salsa da década de 80. Andei a fumar ervas estranhas? Nem por isso. Mas tive aula de EF, que é quase isso. Basicamente era a avaliação a salsa (na qual passei com distinção... por ter sido o primeiro rapaz a sair do grupo com um "Executa" em todos os passos.) e a música ficou na cabeça. (Acalmem-se... Não era bem esta que estava a tocar. Esta era para nós começarmos lentamente, e a avaliação era feita com o La Vida es Un Carnaval. Mas pronto.)
Depois veio o Butch Cassidy e The Sundance Kid, o western em que esta música aparece. Eu fiz um teatro no 2º ano em que cantavamos uma versão desta música enquanto seguíamos uma coreografia com chapéus de chuva. O meu tinha o Daffy Duck com o aparador de relva a fazer um padrão escocês pelo chapéu. E esta música fica bonita, mesmo enquanto se está a ver o Dawn of the Dead na televisão (não liguem, são efeitos secundários de ter acabado de ler o Cell).
Finalmente vem o Pretty Women do musical que Rodgers and Hammerstein escreveriam se fossem possuídos pelo demónio enquanto fumassem seis SG Ventil, três tubos de escape e uma refinadora (digo eu parafraseando uma quantidade inenarrável de humoristas portugueses). Pois, esse musical é o Sweeney Todd, o único musical que eu conheço capaz de deixar as pessoas absolutamente aterrorizadas com o que estão a ver (e, muitas vezes vêm a versão mais soft). Sim, esse musical que faz com que o próximo encontro de um espectador com uma empada de carne seja uma coisa digna de se colocar no Youtube, e que o Tim Burton passou para o cinema, naquilo que se pode chamar o melhor filme da carreira dele. É um daqueles filmes que soam pior do que são. Vá lá. Se alguém vos dissesse que o Jack Sparrow, a Bellatrix Lestrange, o Snape (que até tem o prazer de condenar à morte um Weasley), o Peter Pettigrew, o Borat e a versão masculina da Scarlett Johansson iriam fazer um musical sobre um musical sobre um barbeiro maníaco e homicida que transforma as suas vítimas em empadas com a ajuda duma cozinheira ainda mais maluquinha, vocês levariam a sério? Pois não. Fiquem-se.

Domingo – The Show Must Go On – Queen



Segunda – Main Theme – Catch me If you Can



Terça – A Volta do Malandro – Ópera do Malandro



Quarta – One Vision – Queen



Quinta – Devorame Otra Vez – Lalo Rodriguez



Sexta – Raindrops Keep Fallin' on My Head – B. J. Thomas



Sábado – Pretty Women – Sweeney Todd

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