Bom. Eis-nos perante o maior e PENúltimo livro da trilo...ciclo da Herança por Cristopher Paolini. É o livro que, entre todos, tem a capa mais estilosa da série por ser preta e dourada (o próximo vai ser verde, podem gemer). Dá um certo ar de Armani que os outros não tinham. Também é o primeiro livro da série em que uma pessoa faz um nó de oito com a língua enquanto tenta dizer o título. Eragon e Eldest é demasiado fácil. Tenho a sensação que o Paolini deve ter-se esmifrado para tentar arranjar um nome complicado para fazer os fãs suarem para pronunciar o título do livro. A seguir a isto, só pôr um livro com o nome da aldeia galesa de Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch. Há já pessoas que se referm a este livro como Aquele-Livro-Cujo-Nome-Não-Consegue-Ser-Pronunciado. Eu digo Livro 3, que é mais fácil e não tenho de estar com tantos salamaleques.
Também este livro é uma óptima ajuda para ter em casa. Precisa de passar a ferro roupa e não tem um ferro de engomar? Agarre no seu Brisingr de 900 páginas, ponha-o a aquecer por cima de algo quente (e que não seja húmido) e use-o para passar a ferro a sua roupa. Porque, parecendo que não, são mais de 500g de livro que leva aí consigo.
O Paolini disse que gostava de livros grandes, mas quando eles excedem as 1000 páginas, já começa a ser demais. PUDERA! Ele faz uma descrição de 18 páginas em que o Eragon forja uma espada. Ele está à espera de quê? Que seja um livro da grossura da Cartilha Maternal? Vão gozar com outro. Nós sabemos que ele gosta de fazer rococós com a escrita, mas não é um pouco DEMAIS? Já está melhor escrito que os outros dois (mas isso também é graças aos tradutores). No livro anterior tínhamos gralhas parecidas com: "Não esconderam que já tinham assinado homens.".
Quanto à história... Já devem ter ouvido falar no Star Wars. Imaginem um Star Wars em que o Millenium Falcon é um dragão com personalidade (que passa de ternurenta para máquina sanguinária com uma rapidez quase insultuosa). Este é o equivalente à primeira parte do Regresso de Jedi até, sensivelmente, à parte em que o Yoda morre. Já existe uma liberdade em termos de história que o primeiro não tinha, o que é bom pois estamos sempre à espera que aconteça qualquer coisa de original (e acontece: a reunião de clãs). E também é bom por finalmente vermos daquilo que Paolini é capaz. Também vem misturado pela primeira vez algum humor:
Cena entre Eragon e Saphira que estão a caminho de Feinster.
"_Muito bem _disse ele, passado alguns instantes. _Qual é coisa, qual é ela, vermelha, azul, amarela e de todas as cores do arco-íris. Longa e curta, grossa e fina, que descansa enroscada, que pode comer cem ovelhas e continuar esfomeada.
_Um dragão, claro! _disse ela sem hesitar.
_Não! Um tapete de lã.
_Bah!"
Não é qualquer coisa de espectacular, mas sempre serve para erguer alguns cantos de boca.
Finalmente, o Roran, a personagem que tinha tido a parte mais interessante do segundo livro vê-se a braços com o trabalho de encher os chouriços do terceiro livro.
Só estou com pena do facto de, de certa forma, o livro às vezes dar aquela sensação de video-jogo, em que temos os bosses e os níveis de dificuldade (sobretudo quando aparece Varaugh, quem ler depois percebe). Por outro lado também é sem dúvida o mais cinematográfico de todos os livros. A cena do ataque a Feinster em paralelo com o que se passa em Gil'ead é dos exemplos mais óbvios.
A minha nota final? 7
domingo, 23 de novembro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário